MINHA CORAGEM _ Republicação
24 de junho... dia de São João... noite de São João. São João me lembra a fogueira. A fogueira me transporta à infância. E me vem à mente, como um filme, a fogueira deixando brasas, as brasas sendo espalhadas e chegava a hora da fé e da coragem. Sim, porque era preciso ter muita fé ou muita coragem para tirar o calçado, naquelas noites gélidas, e caminhar rapidamente por sobre o caminho de brasas. Com meus parcos 9 ou 10 anos, o que me guiava não era propriamente a coragem e, sim, a fé inabalável que eu tinha no meu pai. Sua mão enorme segurava minha pequena mãozinha e lá ia eu, lépida e faceira, pisar naquele braseiro avermelhado. Quando concluia a brageiragem, eu estufava o peito de orgulho. É esta fé, baseada na compreensão e na confiança, que eu estou buscando no decorrer da minha vida. E assim como um dia não tive medo de queimar os pés porque confiava plenamente no meu pai, hoje procuro a proteção que vem do Alto buscando a minha coragem no exemplo de Jesus.