Competidores com (supostas) limitações de longo prazo se alinharam para largada em corrida. Ao sinal, todos partiram. Não, exatamente, em disparada. Contudo, o espírito consistia em ofertar o melhor de si e findar a prova independentemente do resultado. Pelejavam serenos sem ânsia de vencer ou medo de perder.

Um dos participantes tropeçou, caiu. Prantos. Outros ouviram o choro, reduziram a marcha, olharam para trás. Voltaram. Uma pessoa, com Síndrome de Down, ajoelhou, presenteou oponente com carinhoso ósculo e falou:

-Pronto, vai sarar!

Os competidores se apoiaram e caminharam juntos até o ponto de chegada. O estádio, por completo, levantou-se. Aplausos, aplausos, aplausos… Os atletas até podiam ser pessoas com deficiência, todavia, não eram deficientes espirituais, morais, sociais.

Lá no fundo d’alma, o que importa na vida – de fato – não é ganhar sozinho, mas ajudar o próximo a vencer. Eis a verdadeira vitória. Se a passada será mais ou menos acelerada, isso é o que menos interessa. Urge aprender a ser gente de valor. O êxito pessoal será inexorável consequência.

 
Professora Ana Paula
Enviado por Professora Ana Paula em 24/06/2020
Reeditado em 30/06/2020
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