CONDUTAS; O MAL. ESCOLHAS.

Precisamos todos parar e refletir. Não posso defender um mal se o mal continua, embora aparentemente com menos intensidade. Mera aparência. Mal é variável segundo sua incidência e por isto a lei penal manda que se faça gradação segundo seus reflexos sociais para ser dosada a pena daquele que comete o mal, crime. Dosimetria da apenação.

Escolha antecede um ato de contrição que, entendo, se não fazemos e observamos, ficamos devedores do implacável tribunal da consciência. Não falo de ter ódios, ressentimentos ou coisas que tais, baixas e ignominiosas, falo de intolerância e até que ponto são válidas reações exacerbadas ao que não aprovamos.

Aristóteles era taxativo, com os homens Se aprovamos um erro porque dissentimos de seus autores, não podemos aquiescer em erro igual ou similar de outros autores que fazem o mesmo em intensidade crescente.

Os homens podem ser maus de muitas formas, ou aparentemente bons.

O mal não se define com forma precisa, aparece vestido de variadas roupagens, tem urdiduras, espreita sempre, trama engenhos, esquadrinha o bote, é covarde, medroso e se pensa valente, sombrio e indeterminado, este seu conceito basilar, indeterminação.

Só se pode ser certo de uma forma, é gênero sem espécies, sendo liso, linear, correto, honesto, probo, transparente em conduta, gestos e atitudes. É tudo um. Uma verdade decorrente da certeza determinada. Isso não está no terreno da suposição, mas no âmbito da certeza, centro nuclear da lógica. Ou se é correto e nos alinhamos com a correção, ou não se é. Independe da intensidade.

Nessa esteira, desse passo, concordam Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino. Os sábios fazem suas escolhas atentos a esse aspecto.

Não posso me inclinar para um mal que já conheço se há uma possibilidade de mal menor, mas devo buscar sempre nenhum mal em fatos que conheço e vai paulatinamente se inclinando para o lado mau.

Agir no limite mostra atitudes sábias nesse sentido, ou seja, a escolha de nenhum mal ao invés de mal menor em vez do maior que já conheço. É questão de inteligência mínima descartar o mal que já conheço e aumenta. Contrariar a evidência é o maior mal. Não se chega a nada claro quando o escuro se mostra e queremos nele permanecer.