SOMOS VÍTIMAS DA NATUREZA? ELA NOS FAZ DE COBAIAS?

Sou da escola que a natureza se recicla. Não comungo da premissa da interferência do homem a tal ponto que só ela faz a contribuição para determinadas extinções de espécies. Arqueólogos demonstram essas alterações na levada dos séculos. Cíclicas e transformadoras vitais.

A fragmentação dos continentes; basta esse exemplo. As ilhas vulcânicas de envergadura.

Não descreio, contudo, que um dos elementos modificadores é a intervenção humana. A questão é, em qual proporção e intensidade. Não tenho dúvidas segundo o que recolhi que não passa de pouco.

Agora, avulta entendimento de alguns, que a natureza nos faz de cobaias. Testa não só nossas capacidades de resistências às suas mutações agressoras, viróticas, como a possibilidade de nossa inteligência de enfrentá-las e vencê-las.

Digamos que estamos perdendo, e muito. Por quê? Em cem anos da última e expressiva agressão virótica de forma ampla, gripe espanhola, nem tão ampla como agora, verdadeiramente globalizada, os métodos de busca de vacinas protetivas/imunizadoras são os mesmos. A mesma ortodoxia sem nada alterado na grande movimentação digitalizada que se tem por conquista, mesmo assim sem permitir a chegada mais rápida a resultados. E nem drogas inibidoras curativas do mal se conseguem.

Se diz que o mal vem de resposta ecológica à agressão à natureza, e ela nos põe sob ataque para avaliar nossas reações.

Uma tese estranha, mas nada se relega à indiferença quando tudo é desconhecido, principalmente o DNA pleno da doença replicadora, é descartável.

Que o vírus veio da natureza é indiscutível. Se manipulado ou não seu aparecimento também não importa, veio da natureza de alguma forma, de animais silvestres, trabalhado em laboratório sim, já é publicamente sabido. Importa saber se a mutação colocou de joelhos a ciência de tanta arrogância que se faz agora de cobaia, e põe a todos nessa condição.

Uma guerra que se desconhece o rosto do inimigo, de onde vem com segurança, e sem recursos para combatê-lo. Uma guerra de difícil vitória e de alongado tempo, até que se esclareça quem é o agressor e qual a sua efetiva natureza e origem profunda.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/06/2020
Reeditado em 23/06/2020
Código do texto: T6985826
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