Bandith
Muitos gostam de animais – cães, gatos, papagaios, passarinhos – os criam com todo carinho, toda atenção. O apego algumas vezes vai além do normal.
Faz algum tempo tínhamos um cãozinho, daquela raça de orelha empinada. Pretinho. Late bastante, às vezes quer enfrentar cães bem maiores.
Seu nome: Bandith. Morávamos em apartamento. O levávamos duas vezes ao dia para passear, de manhã e fim da tarde.
Pela manhã a gente está mais esperto. À tarde já um pouco cansado. Ele ficava feliz nessa hora, do passeio.
Queria correr, não podia – estava na coleira. Me olhava querendo me dizer “vamos, te esperta, corre comigo”. Claro, não dava pra correr.
O tempo passou e Bandith chegou à terceira idade, idoso. Fez 9 anos. Uma manhã passou mal, teve espasmos, falta de ar.
O levei imediatamente ao veterinário.
------ Qual a idade dele? O médico perguntou-me
------ Nove. Ele está com falta de ar – eu disse.
O levou para dentro. Fiquei aguardando. Meia-hora depois o veterinário voltou.
----- Bem, infelizmente....
Senti a perda. Chorei por dentro, o coração se entristeceu.
Liguei para a mulher, Lúcia. Começou a chorar. Minha filha também.
Todos gostávamos dele, Bandith.