Zafón, Livros e Literatura

ADORO os livros. Devo a eles o meu pouquinho de verniz cultural. E as vagens no tapete mágico da literatura por mares nunca por mm navegados. Priorizo os bons livros, mas não discrimino os de ação e suspense. Gosto do que disse Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros" Vibro com o verso de Castro Alves: "Oh, Bendito o que semeia livros.../ E manda o ovo pensar!/ O livro caindo n'alma/ É germe que faz a palma/ É chuva que faz o mar...". Lembro o padre Vieira: "O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cegoqe guia, um morto que vive".

Bem, fiz essa arenga inicial para falar da morte de um dos maores escritores do mundo na atualidade, o espanhol (de Barcelona) Carlos Ruiz Zanón, autor de várias obras-primas, principalmente da saga "O cemitério dos livros" ,a triologia "A Sombra do Vento", "Jogo do Anjo" e "Labirinto de Espíritos".

Numa entrevista ao Estado de São Paulo,em 201'2, ele falando sobre livros e literatura disse:

"Todos temos segredos, alguns desconhecidos de nós mesmos. Uma das coisas que a literatura faz é ajudar-nos a revelar o que carregamos dentro de nós porque a literatura é o grande livro da vida e nos fala de nossas emoções, desejos e nos dá a chave para entendermos a essência da nossa própria alma".

Num dos seus livros um pai dz ao filho:

"Cada livro, cada tomo que você vê,tem alma. A alma de quem escreveu e a alma dos que leram, viveram e sonharam com ele".

Zanón era contra a adaptação dos seus livros para o cinema e a televisão, disse:

"Para mim estes livros são uma homenagem à literatura, à palavra escrita. Portanto transfirmá-los para o cinema, ou televisão seria uma traição".

Zanón morreu precocemente, com 55 anos. Na verdade não morreu, encantou-se. Sua obra é imortal. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 20/06/2020
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