Compasso cerebral

Tenho sonhado com o assunto representatividade da imagem fotográfica na linguagem jornalística há meses, por conta de uma pesquisa acadêmica.

Que louca é a mente da gente. Dá umas cambalhotas malucas até conseguir o compasso certo do ponto que almejamos atingir. Aquilo que pretendemos transmitir, seja através da escrita, da fala, do gesto.... Enfim, é no cérebro que tudo se mantém, até o momento de jorrar pra fora.

No meu caso, às vezes, mastigo durante meses as informações e danadinha da mente vai trabalhando lentamente até o formato ficar pronto... Maravilhoso compasso cerebral, vida misteriosa a nossa.

Sempre pensante, às vezes cansa indagar, perceber, raciocinar... Resolver, lamentar, remediar, não saber.... Paro, saio pra caminhar, olho as árvores, os pássaros, as pessoas nas ruas, o colorido das paisagens que tanto me fascinam, reparo no cotidiano que costumo chamar de intrigante e chato as vezes.

Escolho algum som instrumental, medito com melodias indianas, ou ligo pra minha mãe converso assuntos tolos... Conto sobre as experiências enriquecedoras que vivo a cada dia, apesar dos sufocos e soluços... São tantas... Pequenas, médias, grandes e acima de tudo fundamentais e enriquecedoras tentativas.

Visito amigos mais próximos, ouço suas conversas, adiciono, subtraio, me adapto a novas culturas, novas fórmulas, novas tendências, sem jamais perder a essência entusiasta e sensível a tudo que adentra em mim.

Beneficiar com tudo ao meu redor é misterioso sim, mas ao mesmo tempo atrativo demais... Sigo a vida ou deixou que ela me siga – como ruídos dos ventos ou como os maliciosos balanços das ondas do mar... Viajo, até sossegar!

Até depois

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 17/10/2007
Reeditado em 18/10/2007
Código do texto: T697984