Amigo Integralista
CONFESSO (há quem confesse mais que eu?) que às vezes abuso da palavra fascista. Exagero, englobo até quem não é fascista. É que realmente tenho aversão ao fascismo, mas isso não me absolve das generalizações.
Mas nesta maltraçada domingueira vou tratar de um assunto que talvez aumente substancialmente a desconfiança que sou um cara contraditório paca e, quem sabe, destrambelhado. Vejam bem, fui amigo de um cara que na juventude fora um entusiasmado integralista (os fascistas brasileiros), a turma do Anauê de Plínio Salgado. Esse amigo chegou a tocar tambor nas passeatas do Integralismo. E nunca abandonou suas idéias. Mas nos tornamos amigos, morávamos perto, estávamos sempre nas mesmas mesas de papo e numa campanha municipal do mesmo lado, no MDB. Ficamos amigos, independente das idéias opostas.
De vez em quando eua à casa dele e enquanto tomávamos umas lapadinhas ele memostrava seus álbuns, as passeatas, comícios... E um belo dia abriu o baú e ostrou a antiga camisa verde,ficou com os olhos marejados. Nunca ri dele, mnem quando me contou que a sua maior frutração foi nao er conseguido comprar de um barbeiro, também integralista, a navalha que elefez abarba de Plínio Salgado. E me deu de presente um livrode Plínio Salgado, "O Estrangeiro", um ótimo romance.
Ah, se todos os fascistas fossem como esse meu saudoso amigo. Era um caraarretado. Inté.