A Hora da Terço

A hora do terço na verdade não tem hora fixa. É sempre à noite. Convido meu pai e minha mãe. E juntos os três ao redor da mesa da cozinha começamos a oração.

Meu pai sempre começa fazendo o oferecimento que tem no livrinho dele que ele ganhou de uma vizinha nossa. É um livro muito bom.

Depois eu continuo com a leitura e o oferecimento de cada mistério em um livrinho que comprei em uma Biblioteca católica e tem sido o meu tesouro.

Depois, dividimos os mistérios entre nós e cada um reza um pouco.

Quase sempre nos esquecemos de pôr nossas próprias intenções.

Mamãe é a mais vigilante nisto, está sempre rezando pelos doentes de nossa comunidade e também pelo fim da pandemia. Meu pai quando se lembra reza por todos os vizinhos e conhecidos que estão doentes. E, eu quando me lembro rezo por toda a Igreja, pelo santo Padre, os Bispos e todo o clero.

Nem sempre nosso terço sai tão bom. Mamãe é toda misericórdia é ela quem nos lembra de cada intenção. Penso que quando todos nós lembramos na mesma noite há uma verdadeira partilha, todos damos a oração nossos cinco pães e dois peixes que diz no evangelho.

Ao final, rezamos a Ladainha contida no livro de orações da minha mãe. Depois da ladainha, meu pai introduziu a oração pelos defuntos deste mesmo manual, então, a cada noite rezamos por todos os que partiram neste dia e respondemos juntos: Que brilhe para eles a vossa luz!

Tendo sido assim todas as noites. Encontramos a nossa porta dos desesperados e tem sido o terço e a Virgem Maria.