O CRIMINOSO NÃO CONFESSO É UM LÚCIFER EM AGONIA.
“Por amor disto desejei eu a inteligência e ela me foi dada; e invoquei o senhor, e veio a mim o espírito da sabedoria; e a preferi aos reinos e aos tronos e julguei que as riquezas nada valiam em sua comparação; nem pus em paralelo ela com as pedras preciosas; porque todo o ouro em sua comparação é uma pouca de areia, e a sua prata será reputada como lodo à sua vista, e eu a amei mais do que a saúde e do que a formosura, e me resolvi a tê-la por luz; porque sua claridade é inextinguível. E eu a aprendi sem fingimento, e a reparto com os outros sem inveja, e não escondo as riquezas que ela encerra”. Era o ensinamento de Salomão. Disso estão distantes os criminosos com o caráter que portam.
O criminoso não confesso é um Lúcifer em agonia. Não se mostra, não fica de frente para aquele que quer como vítima. Se esconde, vive sob biombos nas condutas da vontade opaca de vontade risível, burlesca. Quando se manifesta nada mais faz do que zurrar. É o que lhe resta. Mas o Juiz o enquadra. Não se foge da experiência jurisdicional com movimentos primários. Todo bandido é vagabundo e sempre covarde, até ser apanhado.
Agônicos de suas misérias espetadas por toda a vida em corpos que encarnam os maus caracteres, são sempre vítimas e covardes, não enfrentam o que e os que temem. Falta coragem mínima. Vestem o medo de forma permanente.
E desfilam no mundo os agônicos espancados pela vida, maltrapilhos e lamurientos da vontade não exercida, paraplégicos da aquisição mesmo de parcos conhecimentos que não lhes tira o vezo da insuficiência como pessoa, alvejados em vida de infortúnios por falta de trabalho, preguiçosos, vontades irrealizadas tornadas recalques em vida improdutiva e pegajosa, para o que contribuíram. São os bandidos de sempre. Com o sinal da vagabundagem, aliada à covardia e ao medo.
Negarão sempre a autoria do que são, embora vistam a carapuça que lhes coloca o Juiz.
O bandido é o profissional da covardia, não encara. Esquecem quando do cometimento de suas irresponsabilidades do “não faça aos outros o que não quer que façam a você”. O Juiz entende um pouco a postura,
logo que zurram, são energúmenos, falta educação, mas lhes crava as ferraduras que trazem desde o nascimento.
O mau caráter criminoso de vida lúgubre vive onde a festa é de sombras para possibilitar se esconder, não encara a realidade para não enfrentar a coerção, que pode chegar de múltiplas formas, o bandido é sempre covarde. E medroso.
Falta conhecimento mínimo, imagine sabedoria, reina o desconhecimento. Salomão ensinou o valor da sabedoria, ela é racional, lisa e fria diante da verdade, da inevitabilidade dos fatos. Da crueza do que tem de ser aceito por ser inevitável.
E as faltas precisam de confissão e freios, para esvaziar de alguma forma a culpa entranhada nos poros, que se carrega em uma vida de frustrações não resolvidas. Coisa de bandido. Esquecem por estreiteza visceral do “não faça com os outros o que não quer que façam para si; reitere-se. Bandidos, Luciferes, sempre dirão que estão com medo. São medrosos.