Good bye, carnaval
A invasão de palavras e expressões estrangeiras no vocabulário brasileiro está em curva ascendeste. Por conta do coronavírus mais umas cinco ou seis foram incorporadas recentemente. Se já não bastasse a fake news, twitter, outsider, emojis, hacker, you tube e ... basta.
Ah, sim. E as novas? Delivery, lockdown,drive thru são as que lembro no momento. E se lembrasse nem saberia escrever. Nem o que significam.
Isso me lembrou que em 2007 o então deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB) apresentou um Projeto de Lei proibindo o uso de palavras estrangeiras em defesa da língua portuguesa. Não foi feliz.
Alguns gramáticos brasileiros defendem a incorporação de palavras estrangeiras quando a mesma não encontra uma equivalente. Ora, se não existe, a nossa ABL que crie. Ou ela existe só para seus imortais tomarem chá? E se impeachment que dizer impedimento por que ela é usada?
Agora prestem atenção em palavras de origem francesas usadas com naturalidade no Brasil. Bufê, chantilly, filé, batom, maionese, omelete, Patê, boutique, abajur, guichê, chofer, metrô, balé, madame, turnê, gafe, revelion e mais umas 300. Sem esquecer sutiã. Pergunto: como era chamada essa peça do vestuário feminino antes de ser conhecida por aqui por esse nome?
Pesquisando, descobri que palavras francesas se espalharam pelo mundo e – que ironia – em 1994 a França proibiu o uso de palavras inglesas em seu país. Liberté, Egalité, fraternité – nada!
Para encerrar, ouso opinar que se continuar essa invasão de palavras em menos de 200 anos nossa língua portuguesa irá desaparecer.
E o que está pela bola oito é carnaval. Os americanos irão fazer uma junção de cool (legal) com party (festa) = Cool party.
Os jovens aceitarão com naturalidade. Os de saudosa lembrança irão ameaçar fechar a ABL.
This is the end.