JERUSALÉM, LEVANTA-TE! MOSTRA TUA LUZ.

LEVANTA-TE, ACENDE AS LUZES JERUSALÉM.

“ “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor.”Isaias 60,1-6.

As trevas sempre envolveram a Terra dos Homens. O mal serpenteia e traz eflúvios maléficos, as bocas de dicção da inveja e do egoísmo se espalham, o massacre do bem forma séquitos de miséria interior. Abatem-se sobre os maus as pestes, as doenças cobrem os pecadores que violam a paz interior entre vinditas e torpezas afogadas nas mágoas injustas, simulacro das existências irrealizadas e vazias.

Para as sociedades antigas – igualmente para o povo judeu - na chegada de um novo rei, despontava no céu uma esplendorosa e nova estrela.

A história dos Reis Magos abriga essa crença, seja verdade ou lenda. Por isso nos evangelhos a preocupação dos astrólogos - equivocadamente chamados de magos – em descobrir quem era esse novo rei recém-nascido, na chegada de Jesus anunciada.

O Rei conduzia os destinos do povo, concentrava as expectativas e esperanças de todos.Traria o bem e a cura do mal.

SEGUIR A ESTRELA, ELA INDICAVA O REI!!!!

Por isso, salta aos olhos a leitura atenta dessa passagem em Mateus. A estrela desaparece quando os magos chegam a Jerusalém, a alertar que não estava ali o verdadeiro Rei, mas sim o futuro matador de crianças, Herodes.

Quando se afastam de Jerusalém a estrela reaparece e guia os “Magos” até Belém, terra natal de David, o grande rei justo, e paira sobre o sítio, plena e fulgurante, inigualável, onde intenso luzeiro, ainda que recusado pela humanidade até hoje, se mostra grandioso, o filho de Deus, o Profeta do amor, Jesus Cristo.

Como novos Herodes, senhores da guerra, negam a Luz do Bem, que é de todos, e matam-se crianças.

A estrela do mal brilha em forma de morte sobre a região santa onde existe um só Deus, independente de credo, acendendo a luz das armas que calam inocentes, fecham sorrisos, emudecem o som das brincadeiras que são bálsamos dos mais velhos, que não mais assistem folguedos, mas sepultamentos, dores e angústias, feridas que nunca cicatrizarão.

A doença faz sacudir os pecados de consciência daqueles que se escondem de suas patranhas.

A dor da morte fica insepulta. Os mortos que os vivos não esquecem e continuam a penar. São antros de agruras onde obram suas consciências recalcadas.

As trevas do Profeta Isaías se abatem sobre a Terra Santa tantos e tantos séculos após a chegada da verdadeira luz, ao preço de vidas inocentes que não puderam viver por força da maldita sanha, sempre e sempre, de avidez, das guerras de querer mais, de possuir e alargar fronteiras formando o monte do tesouro somado, esquecidos do Monte Santo onde Moisés recebeu a lei para ser obedecida: NÃO MATARÁS!!!!

Morrem agora os maus, que se arrependam antes ainda que a consciência vilipendiadora não permita, antes de ir ao Aqueronte, ao encontro do barqueiro de Hades, que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aqueronte, que dividem o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Caronte filho de Nix (a Noite) e Érebo (a Escuridão), eles não têm o poder do perdão.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/06/2020
Reeditado em 09/06/2020
Código do texto: T6972327
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