QUEM VAI FUZILAR BOLSONARO ? . . .
 
(Reprodução parcial de nosso publicação de 14/08/2019)



Em 2005, o deputado federal Jair Bolsonaro, em entrevista de 21 minutos no programa Jô Soares, da Globo (o vídeo está na rede), alimentando sua vocação sanguinária, confirmou haver defendido o fuzilamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.  Nunca pediu desculpas.

Quase no final da entrevista, Jô questiona, com estranheza, o comportamento bizarro do seu excêntrico entrevistado, classificando a ideia de execução de FHC como "barbaridade", ao que o deputado respondeu:

- "Barbaridade?... Barbaridade é privatizar a Vale do Rio Doce, como ele fez;   é privatizar as telecomunicações;  é entregar as nossas reservas petrolíferas para o capital externo"...

Particularmente, nunca entendi por que a Vale Rio Doce, com toda a sua pujança em ferro, ouro, manganês e tantos outros et coetera,  foi vendida pela bagatela de 3,7 bilhões de reais, no mesmo ano em que a CELPE (Companhia de Eletricidade de Pernambuco), com todos os seus "gatos",  estava sendo negociada por 3,3 bilhões ! . . .   Ainda sem entender por que até agora ninguém sabe qual foi o montante da venda das telecomunicações (!?)...  Penso que sempre há "gatos" escondidos por trás dessas grandes transações. 
Gatos que difcilmente deixam o rabo de fora, mas... 

Excetuando a barbárie autodenunciada, bem que aquele deputado, ranzinza e nacionalista da entrevista, deveria ter permanecido firme em seus propósitos e convicções!...  Quem sabe (?!) recebendo, hoje, muitas palmas por sua firmeza.

Não é o que ocorre agora, com aquele esdrúxulo deputado ocupando a cadeira  de presidente do país.   Começou o mandato vendendo tudo o que era nosso e a preços muito abaixo dos avaliados.  Preços deveras ínfimos e amargos, quando relacionados à indecorosa venda da Vale Rio Doce.
.   .   .  
A sociedade, desinformada, ainda está quieta,
porém assustada, boquiaberta e estupefacta... 
O capitão guardião do nosso patrimônio,
de nossas armas, de nossas reservas,
assume o comando da guarnição, 
mas parece que desaprendeu a lição
apreendida nas fileiras brasileiras.

Resolve abrir os portões todos do quartel,
mesmo sabendo que será invadido,
destroçado, saqueado e esvaziado.
Pobre soldado!...

Vê-se-o vencido pela barganha
e interesses vis de tanta gente estranha...
E todo esse sumiço tem acontecido
diante de um batalhão submisso e acuado.

E o ex-capitão, que se disse antes guardião
do que por direito deve ser guardado,
de repente, vira presidente de um só lado,
e se torna o privatizador geral da nação.

Fernando Henrique Cardoso escapou
quando ele ainda não desistira de o sangrar.
Mas, com a rapidez de um gato, sua mira mudou
e o bom atirador logo virou exímio privatizador.

Argemiro Figueiredo, quero relembrar ao capitão,
provou que sabia as diretrizes do bem governar.
País em desmantelo, ele falou para cada cidadão:
"É preciso matar esse governo
para que sobreviva a nação
".
Enfim, se for assim, deixando o país a ermo,
que até um bicentenário Banco vai privatizar,
QUEM VAI FUZILAR O EXCÊNTRICO CAPITÃO? !
. . .


(fernandoafreire)

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Texto inspirado na publicação do jornalista Elio Gaspari /
caderno PODER / jornal FOLHA DE SÃO PAULO / 04.08.2019.

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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 09/06/2020
Reeditado em 09/06/2020
Código do texto: T6972205
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