REFLETINDO SOBRE TRIÂNGULOS
Quais relações encontramos nos triângulos que não sejam geométricas? Que fogem a teoremas cartesianos ou deduções pitagóricas? O que triângulos podem falar ou representar mais do que ângulos? Que bases podem conter que ao olharmos para eles possamos encontrar coisas além de linhas e pontos no espaço, fórmulas e aplicações físico-matemáticas?
Encontrei à algum tempo atrás outras possibilidades que talvez não sejam contempladas pela frieza da razão, do pensamento lógico. Olhando para um mastro de veleiro com suas velas recolhidas, pude ver toda a beleza do que pode conter os ângulos congruentes de um triângulo isosceles e seus lados opostos formados pelos ângulos de base. Pude ver claramente que este pode abrigar e receber a força dos ventos impulsionadores de uma sensação indiscritível e inenarrável de liberdade contrastante com as fórmulas amarradas e quase perfeitas dos teoremas!
O que vi foi uma teoria que conspira felicidade, que vai da proa à popa passando por sorrisos e olhos contemplativos de seu entorno surreal. O que vi foi que esse triângulo bem ajustado e alinhado pode nos levar além da linha do horizonte. À lugares que o imaginário se surpreende por tanta beleza, que ele não consegue alcançar fora dessa realidade, simplesmente porque esse triângulo é mágico, faz levitar, deslizar sobre a água e espumas flutuantes. Quer sentir esta experiência fora de um laboratório de frias paredes brancas e calculadoras digitais? Navegue no azul da imensidão aberta do mar e sinta na prática como funciona esta figura geométrica, talvez você até repense toda teoria que te deu a base para seu viver até esse momento, talvez te faça até novamente sonhar com outra vida. Bons ventos sempre!