SÉRIO QUE EU ASSISTI LÚCIFER?
Diabo, um cara sensível. Capaz de ajudar a polícia a resolver assassinatos, sempre disposto a agir com justiça e condenar o culpado. Um sujeito decente, puxa vida. Que nunca negou a verdade – mesmo para gente que andou difamando.
Homem de boas palavras e muitíssimo inteligente, mas solitário apesar de todos os prazeres. Pessoa estranha, sem dúvida. Com chuva ou com sol, ele sempre estava vestido com paletós. Costumava a sair com muitas mulheres, consumir muitas drogas, bebidas e manipular as pessoas.
Sujeito mais leal é difícil. Principalmente quando se trata da detetive que é imune às suas habilidades. O senhor do inferno vive uma vida luxuosa em Los Angeles, dono de uma casa noturna e totalmente habilidoso, charmoso e divertido.
A série retrata Satanás como uma pessoa carinhosa e simpática em carne humana. Amigo fiel em qualquer situação. Mas isso são histórias. E é fácil enxergar um excesso aqui, outro ali, e ter uma ideia precisa de que as situações são amplamente diferentes.
Sou capaz de discernir coisas boas nessa série que tanto me atraiu: O tempo todo Lúcifer quer chamar a atenção de Deus porque se sentiu rejeitado ao cair, no fundo o que ele mais quer é ter intimidade com o seu Pai, nas três temporadas Lúcifer tenta entender e desvendar os mistérios do seu criador.
Outra coisa interessante na série é que o anjo caído acaba se tornando alguém melhor porque Deus colocou alguém no seu caminho capaz de transformá-lo. A prova disso é que no momento que a detetive morre, o diabo pede a Deus para trazê-lá de volta e faz uma promessa. Provando cada vez mais a dependência no criador.
A série não mudou a minha maneira de enxergar Lúcifer. O diabo continua sendo ruim, inimigo, destruidor, matador mentiroso e sagaz. Sei que o seu objetivo na terra é tentar destruir o máximo de pessoas possíveis e levar com ele uma boa quantidade para o inferno.
No meio da série aprendi a identificar muitas artimanhas usadas pelo inimigo, principalmente quando ele se passa por bom. Um lobo em pele de cordeiro. É notável como ele é capaz de usar nossas emoções para nos confundir e nos acusar. Mas essa série me mostrou também que independente das forças diabólicas, às vezes o culpado nem sempre é o diabo e sim nós mesmos…