A Democracia dos Gatos
A Democracia dos Gatos
Existia a muitos anos um lugar onde existia a república democrática do gatos. Ela ficava no país dos felinos que fazia fronteira com o país dos cães e dos ratos. Neste país reinava a paz e a prosperidade de uma grande nação, que se orgulhava de ser amplamente democrática.
Seus líderes eram eleitos pelo povo e para o povo a cada dois anos, a séculos era essa a forma como eles mantinham a ordem e a lei naquele lugar.
Certa vez surgiu no lugar um gato magro e franzino, morrendo de fome, quase a mingua. Foi salvo pois já estava a beira da morte, recebeu todos os cuidados necessários, conseguiu se recuperar e quando ficou melhor, soube-se que ele era sozinho e abandonado um gato de rua. Vinha de lugar nenhum e nascera em sei lá quando.
o gato logo ganhou a estima do gatil local, pois era sorridente e alegre, bem sociável gostava de conversar e era extremamente carismático, embora fosse da rua era vivido e inteligente e logo descobriu que naquela democracia abundante, poderia também ele prosperar.
Fez muitas amizades passou a tomar o leitinho da manhã com as cabeças pensantes do lugar e descobriu que a noite, nas vigílias noturnas os gatos soldados gostavam de jogar cartas. Logo foi convidado para os círculos de poder e de debate dos senadores no espaço dos miados agudos. e assim chegou a escala do poder em um curto espaço de tempo usando de sua astucia.
Mesmo tendo o gatuno, quase morrido pois fora abandonado, ele aprendia rápido e não demorou muito já era muito estimado entre todo o bando. Foi portanto indicado para disputar a chancela do lugar. Como previsto chegou ao poder pelas mãos dos gatos e assumiu a chancelaria do país. De forma democrática ele subiu ao poder.
- Aclamado pelo povo, digo gatos!
Astuto e arisco logo fez, pacto com os cães para não ocorrer agressões entre eles e descobriu que os ratos viviam enormes conflitos entre eles. Embora tivessem eles muitos recursos em suas terras não eram unidos, nem capazes de se organizar. Assim organizou o país, mudou conceitos e usou a orgulho da nação democrática para criar campanhas ideológicas contra os ratos, usou a propaganda e materializou nas pessoas um conceito coletivo de ser. introduziu nos gatos a necessidade de invasão daquele lugar e espalhou entre os gatos que os ratos queriam dominar seu país. Os ratos assustados e não querendo virar literalmente comida de gato!
Tentaram de todas as formas criar alianças que logo foram desfeitas e transformadas em propaganda para alimentar nos gatos seu desejo de poder. Assim logo estava dominado o pais dos ratos que foram todos devorados ou presos para trabalho escravo.
Preocupados com a expansão dos gatos e com a sede de poder do seu novo líder os cães fizeram aliança com os ratos fugitivos e com a república dos cavalos que eram muito numerosos e muito mais fortes.
Logo os gatos e seu novo líder deram voz de assalto ao país dos cães e de galope aos cavalos.
Neste novo contexto o gato carismático e seus gatos democráticos, logo estavam em conflito com todos seus vizinhos, que agora assustados lutavam pela sobrevivência de suas nações. O gato ligeiro e esperto tentou num ato de astucia invadir o país dos cavalos mas surpreendido pela resistência dos roedores e pela coragem e amizade dos cães com os cavalos foi amplamente derrotado .Preso e exilado para a terra dos Jacarés nunca mais foi visto e no pais dos gatos voltou a reinar a democracia plena, os cães voltaram a ser amigos dos gatos e fieis protetores dos ratos, já os ratos aprenderam a ser mais organizados e valorizar mais seu país os cavalos por sua vez continuaram expandindo seus galopes cada vez mais sem precisar demostrar sua força.
E finalmente reinou a paz!
Pereira de Melo.