C r o n i s t a s

NESTE retiro obrigatório, estou relendo vários livros. Dei ua parada nos de contos e romances e me agarrei co os de crônicas dos meus cronistas favoritos: João Ubaldo, Antonio Maria, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Vinícius de Moraes, Nelson Rodrigues, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade e, claro, uís Fernando Veríssimo. Desses apenas o último está vivo e bulindo.

Acho a crônica um gênero literário arretado: leve, irreverente, irônico, divertido e quase sempre interpretando e comentando o cotidiano. Sempre com uma pitada de humor e uma gotinhas de imaginação. A crônica não é pretensiosa. Ela não uso paletó e gravata, muito menos fraque. Um chato nunca pode ser um cronista. A crônica nao é um ensaio, nem uma tese, nem um devaneio pernóstico de um chato de galocha. A crônica tem que ter o tempero do humor. Mais, não tem que cumprir ao péda letra as normas do português castiço e chato.

Infelizmente hoje a crônica está estigmatizada, há até os oráculos de plantão que dizem que ele é um gênero menor. Detalhe: um dos maiores escritores do país foi Rubem Bragae só escreveu crônicas, todas elas sem chateação e nem pretensão.

Felizmente temos, repito, ainda vivo e bulindo o nosso maior cronista vivo, Luís Fernando Veríssimo. Um cronista premiado, consagrado e recnhecido no Brasil e fora dele.

No mais, quem não gosta da liberdade e humor da crônica deve, urgente, marcar a consulta com O Analista de Bagé. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/06/2020
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