Hora do almoço
Desço a rua, ando – estou meio triste. Ah, mas faz linda manhã!
As manhãs nos dão força. Força para ir em frente, prosseguir. Enfrentar e vencer as contrariedades.
Ouço pássaros, eles cantam. Cantos a me fortalecer.
Alegro-me. Forte alegria que nasce do cotidiano, do simples. Do trivial, do banal.
Vejo Hélida, a caminhar pelo outro lado da rua. Me vê. Bem, me alegro mais, por ela, por vê-la, sem esperar.
É uma terça-feira. Ela me sorri, espontânea. Que magnífico!
Sorriso simpático, agradável, descontraído, me presenteando espontaneamente naquela manhã.
Hora do almoço. Sob quente sol sigo. Chego em casa, meu lar, onde fico à vontade, onde recupero a energia.
Hélida, cabelos pretos, compridos, também deve ter ido almoçar. Me vem à mente aquela imagem, dela, Hélida.
Era um calorento fim de manhã, uma terça-feira. Nesse dia o coração ficou feliz por tê-la visto, sem esperar, fora do roteiro.
Os pássaros cantavam. Alegremente.