Hora do almoço

Desço a rua, ando – estou meio triste. Ah, mas faz linda manhã!

As manhãs nos dão força. Força para ir em frente, prosseguir. Enfrentar e vencer as contrariedades.

Ouço pássaros, eles cantam. Cantos a me fortalecer.

Alegro-me. Forte alegria que nasce do cotidiano, do simples. Do trivial, do banal.

Vejo Hélida, a caminhar pelo outro lado da rua. Me vê. Bem, me alegro mais, por ela, por vê-la, sem esperar.

É uma terça-feira. Ela me sorri, espontânea. Que magnífico!

Sorriso simpático, agradável, descontraído, me presenteando espontaneamente naquela manhã.

Hora do almoço. Sob quente sol sigo. Chego em casa, meu lar, onde fico à vontade, onde recupero a energia.

Hélida, cabelos pretos, compridos, também deve ter ido almoçar. Me vem à mente aquela imagem, dela, Hélida.

Era um calorento fim de manhã, uma terça-feira. Nesse dia o coração ficou feliz por tê-la visto, sem esperar, fora do roteiro.

Os pássaros cantavam. Alegremente.

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 07/06/2020
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