Mensagem do Barnabé Varejeira
Mensagem que o meu amigo Barnabé Varejeira enviou-me pelo WhatsApp:
"Meu amigão. Ocê não sabe em que aperto me vi, ônti à noite. Foi di arrepiá os cabelo das perna. E por causa do furdunço do tal do mocorongovírus, esta peste dos inferno! Quem foi o fio do diabo que dêxo os chinêis trazê este bicho desgramado pro Brasil?! Se eu pego ele com as minhas mãos que Deus me deu, mãos forte, de ómi trabaiadô, e não de muiézinha, eu corto-lhe o pescoço com uma faca mais afiada que a língua da minha sogra. Mas vâmo deixá de conversa fiada. Ônti, à noite, eu ovi um baruio na portêra da xácra, peguei a Filomena, a minha garrucha de instimação, e fui até dois metro da mia casa. Vi quatro pessoa, todos ómi, todos de máscra, pulando a portêra. Não pensei duas vez. Armei a Filomena, e disparei um tiro na direção daqueles ómi. E ovi um grito: "Ô, pai, sô eu, seu fio varão. O senhor tá quereno ficar órfão do seu fio, pai?!" E eu, meio assustado, meio preocupado e meio perdido, lhe falei pra ele: "Ô, fio que Deus me deu, ocê é um só e aí tem quatro." "São meus amigo, pai. O Tónho, o Tônho e o Tóinho, os três fio do seu Tónhão, esposo da dona Tóninha e pai da Tóinha." "Tá bão, então, fio. Adentre na xácra de seu pai e de sua mãe. E traga pra cá os seus amigo." E eles quatro entraro na mia casa. Ufa! Quase matei um fio meu, e o varão, com a Filomena. Sorte que errei o tiro. Mas tamém! que diacho! Tá todo mundo, neste furdunço dos inferno, usano máscra, que eu nem sei mais separá os bandido dos ómi de bem. Até quando vai esta locura, meu Deus do sér?! Até quando?! Até eu ficar órfão de um fio meu?!"