O BRASIL E SUAS MÁSCARAS

É CARNAVAL ... “Tanto riso Oh! quanta alegria, mais de mil palhaços no SALÃO Arlequim está chorando pelo amor da colombina no meio da multidão.” Assim é parte da letra “MÁSCARA NEGRA” da memorável marchinha de carnaval do autor Zé Kéti. Atualmente poderíamos cantar ... “Oh! Quanta alegria, mais de mil palhaços na RUA, NA AVENIDA. A verdade é que não se tem mais carnaval de “SALÃO” como antigamente, agora ele está nas RUAS, NAS VENIDAS. São mil, dois, três, ... dez mil “PALHAÇOS” e muitas “MÁSCARAS”, personagens “mil”, alguns famosos, outros nem tanto, inclusive tem máscaras do legendário “MARCEGO”. É uma multidão de foliões, muito apego, proximidade, esfrega, suor, bebidas e, lamentavelmente, também brigas. Para satisfazer as necessidades fisiológicas tem banheiros “higienizados”. Ás vezes nem tanto, às vezes não é possível a eles chegar, neste caso, se faz ali mesmo, se tiver “sorte”, se acha um “cantinho”, também não muito “higienizado”, diante tudo isto, muitos amores, beijos e abraços.

O CARNAVAL ACABOU .... Não muito tempo decorreu lá está o brasileiro novamente com “MÁSCARAS”, desta vez, não são as de carnaval, mas aquelas denominadas da “SAÚDE”, às quais devemos usá-las, principalmente em respeito ao próximo. Falando-se em “próximo”, agora em outro sentido literal da palavra, não é mais possível o esfrega, a aproximação, aqueles havidos a pouco no recentíssimo carnaval, agora, ao contrário, só tem lugar o afastamento, o distanciamento denominado “social”, o cuido com a higiene, tudo isto decorrente de um vírus denominado de COVID 19 – CORONAVIRUS. A quem diga que este vírus teria vindo de um lugar distante, do outro lado do mundo (quando criança assim se dizia), da Ásia, mais precisamente da China. Alguns afirmam também que este vírus provém do “MORCEGO”, aquele mesmo das máscaras de carnaval, o denominam de “FERRADURA”. Não duvide, é isto mesmo, o chamam de “FERRADURA”. Ao que parece, neste caso, a “FERRADURA” não nos trouxe sorte, como popularmente é conhecida. O vírus nos trouxe perda, não só afetou nossa saúde, mas também nosso mais profundo sentimento, à vida. Ainda “leva de lambuja” (como se diz aqui no Sul) nossas finanças. Mas a verdade é que um dia ele irá embora. Como diz o adágio popular: “Não há tempestade que não passe.” Que dos danos causados por esta inoportuna tempestade não sejam em vão. Estimulemos nossa inteligência para extrair das perdas os ensinamentos para nossas vidas.

Do COVID 19 - CORONAVIRUS só ficará lembranças de um período triste, bem diferente daquele do carnaval. Aí diremos, GRAÇAS, foi embora e com ele às máscaras. Mas não demorará e outra estará em pauta, desta feita, será a do “PAPAI NOEL”. Esta sim é das BOAS, nos dá presentes e também alegria. Portanto, só nos resta aguardar, e em breve pedir ao “PAPAI NOEL” como presente: Que no próximo ano não tenhamos necessidade de usarmos as “MÁSCARAS DA “SAÚDE”; Que tenhamos menos “CARNAVAL DE RUA” e “MAIS DE “SALÃO”; Ainda que possamos cantar a velha marchinha de carnaval “MÁSCARA NEGRA” em sua essência. “Tanto riso Oh! quanta alegria, mais de mil palhaços no SALÃO Arlequim está chorando pelo amor da colombina no meio da multidão.” Ou quando não, outra marchinha das “BOAS”, “BANDEIRA BRANCA”, aquela a qual em que um trecho da letra diz: “Bandeira Branca, amor não posso mais. Pela saudade que me invade eu peço PAZ.