Janela

A aurora invade a casa.

O vento entra e me sopra o pescoço.

Um gato dorme preguiçosamente no telhado.

As nuvens dançam no céu, a anunciação da chuva.

Reflete no quarto: sombras e penumbras.

Um portal no meio do concreto.

“De-sufoca” o abafado aqui dentro.

Um espanto ,uma esperança constante.

Homens, mulheres e crianças passam.

Na tua moldura, vejo porta-retratos serem recortados.

Instante a instante.

Fragmentos da vida, que passa.

Assim como o vento a empoeirar os móveis.