Nonni
Pé na estrada, dois adolescentes partiram da velha bota rumo à América; traziam sonhos, pouco mais que sonhos, mas amavam e iam construir com e sobre esse amor. Juventude!
Comecei este texto com uma pequena homenagem aos meus avós (Ema e Giorgio), mas vou mudar o foco e falar sobre outros jovens também idealistas, sonhadores e questionadores como eles foram. Recentemente, durante uma palestra, um participante – adolescente – me disse assim “você fala muito sobre política, mas sempre a partir de um ponto de vista filosófico, cita exemplos da antiguidade, mas não sabemos suas posições atuais”. Aí dei uma leve embatucada, mas não deixei de responder. Creio que comecei com uma máxima de minha autoria que diz – não importa quem seja o candidato cedo ou tarde ele irá decepcionar, portanto, não acredite demais, apenas torça. Prossegui dizendo que evito dar opiniões categóricas porque, por princípio, não quero ser e detesto quem diz que é “formador de opinião”, “influencer” etc. e tal. Isso não existe; opiniões se formam com o tempo, exigem vivência, leituras múltiplas. Opiniões se formam com a vida.
Um exemplo, pessoas dizem que solidificam suas opiniões através de órgãos de imprensa confiáveis, bom, isso é legal, mas quais são esses “órgãos confiáveis”? Eu tenho, pelo menos pra mim, a resposta que considero mais adequada: são aqueles que tanto a dita Direita como a Esquerda querem sempre controlar, silenciar, no caso do Brasil posso até citar alguns exemplos, como “Veja”, “Rede Globo”, “Folha”, “Piaui”, “CNN”, “Rádio Band News” etc. Se todos – direitistas e esquerdistas - querem o fim destas “vozes” então são elas que devem ser ouvidas, analisadas, pensadas e tenho dito!