Kristalinacht  ou Programnacht foi a Noite de Cristal do Reich, foi um progrom (massacre) contra os judeus ocorrido na Alemanha nazista ocorrida na noite 9 e 10 de novembro de 1938, produzida pelas forças paramilitares (milicianos) das SA e por civis alemãos.

As autoridades alemães apesar de presenciar o evento, não  interviram. E, o nome é devido as muitos pedaços de vidro partidos que encheram as ruas, depois das janelas das lojas, edifícios e sinagogas.

Documentos acadêmicos realizados por historiadores do quilate de Richard J. Evans, refere um valor elevado, registrando cerca de noventa e um mortos. Além das vítimas fatais cerca de trinta mil judeus, foram detidos e remetidos para os campos de concentração.

Desavidamente o atual Ministro da Educação relacionou recentes incursões investigativas da Polícia Federal, com esse evento histórico. Naturalmente, percebe-se que história, não deve ser o ramo do saber humano que esteja mais afeto.

O pretexto dos ataques fora o assassinato de diplomata alemão Ernst von Rath por Herschel Grynszpan, um polaco judeu nascido na Alemanha que vivia em Paris.

Depois da Noite de Cristal, seguiram-se outras perseguições econômicas e políticas aos judeus, encaradas pelos historiadores como uma parte mais ampla da política racial da Alemanha nazista e, o início do programa Solução Final e do Holocausto.

Ainda hoje, acalentamos perguntas contemporâneas de como uma sociedade tão sofisticada tal como a alemão fora capaz de dar amparo e vez às barbaridades cometidas pelo regime nazista? O fato é que a maioria do povo alemão sabia exatamente o que acontecia. Mas não se importava.

Basta atentarmos para provas, como a inauguração de Dachau, que for ao primeiro campo de concentração construído pelos nazistas, tendo sido anunciada em 1933 em entrevista coletiva. Somente no Estado de Hessen, existiam mais de seiscentos campos com a média de quinze quilômetros quadrados, é o que informa o cientista político americano Daniel J. Goldhagen.

Em Berlin, a capital do Reich, existiam seiscentos e quarenta e cinco campos de concentração dedicados somente aos trabalhos forçados. E, sem dúvida, tamanha rede, não se manteria sem a conivência da sociedade que ia desde o burocrata que carimbava sentenças de morte, até o maquinista do trem que apenas transportava prisoneiros ou à manicure que delatava clientes suspeitos à Gestapo (polícia secreta nazista).

O povo alemão jamais engoliu a República de Weimar (1919-1933) quando o regime democrático substituira o império, logo após a Primeira Guerra. Além disso, seus representantes foram responsabilizados pelas humilhantes cláusulas impostas à Alemanha através do Tratado de Versalhes.

Na ocasião, oportunistamente, o Partido Social-Democrata tentou sustentar que a democracia, mas não tinha apoio. Todas as outras forças políticas eram favoráveis a um Estado autoritário.

E, os nazistas conseguiram convencer ao povo de que a democracia era desestabilizadora, e muitos alemães sempre sonhavam com um líder parecido com Bismarck, um verdadeiro Salvador da Pátria. Coincidências históricas a parte, tanto Hitler como o Cavalão não eram considerados bons militares.

Há quem comente até, que por conta de sua origem famiiar conturbada, Hitler era uma alma atormentada e sofrida. Ele tinha paixão em ser defecado por mulheres, incluindo sua sobrinha que ficava de pé sobre ele. Tal prazer é conhecido como coprophilia.

Essa perversão representa a mais baixa e medonha degradação. Uma qualificada agência de inteligência, por fim, concluiu em seu relatório que Hitler era mesmo incpaz de realizar o sexo considerado "normal". Outra infeliz coincidência é o apelido de Hitler, na época inicial da carreira militar, era chamado cavalo selvagem. Enquanto o outro, é apenas cavalão.

Hitler foi considerado o arquétipo de líder carismático. Não era considerado um político "normal" tal como alguém que tem um programa de governo e se compromete com medidas concretas, mas sim, era um líder religioso que oferecia  metas espirituais, tal como a rendenção e a salvação. Acreditava piamente estar predestinado a algo grandioso, e a isso, chamava de providência.

Antes da Primeira Guerra Mundial era um típico joão-ninguém, um sujeito estranho sem habilidades para relacionamentos íntimos ou sociais, incapaz de participar de debate intelectual e sempre se apresentava cheio de raiva e preconceito. Outra coincidência?

A incapacidade psicológica da Alemanha em reconhecer e aceitar a derrota e a obrigação de reparar criou um solo fértil para a fixação de um nacionalismo radical, e munir os ânimos capazes de visceral violência para sobrepujar tudo e todos.

Sua falta de habilidade e talento para participar dos debates era visto como marca de seriedade. Mas, Hitler não hipnotizava a audiência.

Afinal, tinha-se que estar predisposto a acreditar no que dizia para sentir algum vínculo. E, muitos que os ouviram, acreditavam intimamente que era apenas um idiota. Será outra coincidência?

Hitler afirmou a milhões de alemães que eram arianos e, portanto, especiais e superiores. E ajudou a cimentar a conexão carismática entre líder e os liderados. Já outros, procuravam palavras messiânicas e a evocação de Deus e Pátria. Práticas similares, afinal.


A história é importante não apenas pelos registros, mas porque nos legam lições...e avisos. Quando não aprendemos com a história, corremos o desastroso perigo de repetir tragédias e protagonizar massacres seja pela ação ou omissão.
 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 04/06/2020
Reeditado em 04/06/2020
Código do texto: T6967141
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