AS FORÇAS ARMADAS NÃO ENTRAM NESSA
Se Bolsonaro pensa em dar um golpe, vai ter que ser com a Polícia Militar e com a milícia, porque as Forças Armadas não embarcam nessa aventura natimorta.
Qual o sentido dos generais do exército, almirantes de brigada e tenentes-brigadeiros avançarem sobre as Instituições, prenderem ministros, governadores, prefeitos, parlamentares, criarem um ambiente de guerra e de caos no país, para depois entregarem o Brasil para um fascista psicopata?
Não tem sentido, não dá para processar um movimento dessa estatura que, quando levado às vias de fato, promovem rupturas dolorosas e consequências diplomáticas gravíssimas.
Os militares tiveram seu momento no golpe de 1964, que durou vinte e um anos, deixaram um rastro de sangue na história, levaram dor e saudade às famílias, não deixaram nenhum legado honroso que justifique um retorno ao poder.
Num suposto golpe, o Brasil viveria um isolamento mundial vergonhoso, seria pária mundial, países vizinhos fechariam suas fronteiras, viraria chacota na Europa, o comércio internacional faria sanções e o desabastecimento seria inevitável.
Na cabeça conflituosa de Bolsonaro deve repousar um projeto de escravizar homens e mulheres na lavoura, voltaríamos ao século XVII onde o engenho de cana-de-açúcar se constituÍa na principal atividade econômica da colônia.
Trabalhadores e trabalhadoras urbanos se transformariam, entre outros, em barqueiros, estivadores, trabalhariam em atividades de artesanato, serviços domésticos, peões no agronegócio e tratadores de animais.
Essa é a cabeça que quer convencer os comandantes dos quartéis a abrirem seus portões, municiarem suas armas e alinharem suas tropas.