Se tem receio das consequências de uma panela de pressão em mal funcionamento, melhor analogia não há para explicar o ser mulher e sua capacidade de destruição em milésimos de segundos. Ao contrário dos homens que tiveram o privilégio de hormônios liberados diariamente, exceções aos estímulos, nós não: progesterona, estrogênio e testosterona vivem brigando por espaço enquanto ansiedade, tensão e o “despertador feminino” que libera alarme de alerta de mãe, fazem suas apostas. A figura feminina delineada como um prato a ser servido no banquete da animosidade visceral vem desde a pré-história, sendo símbolo da fertilidade, uma espécie de deusa da procriação, “a humanidade depende de ti, comadre!”. Vênus e suas curvas que o digam! Na Mesopotâmia a fertilidade se uniu à fecundidade e o corpo nu e seios fartos perpetuaram a espécie mármore. Os egípcios colocaram na balança e Hathor virou a deusa do amor, mas por lá os trabalhos domésticos, tão desvalorizados nos últimos tempos, eram uma honra e até despontava a mulher como chefe de família, na ausência, claro, da figura masculina. Na Grécia, podiam ser religiosas (coitadas), mas não participar do poder direto. As estátuas tinham suas partes sexuais cobertas, enquanto os homens... Ostentavam em 3d. Mas, enfim, dos vestígios de mulher deixados ao longo do tempo, o maior deles é, apesar da pressão e opressão vividas, ser recompensada com a exclusividade de carregar vida no ventre. Largou na frente!