MAIO

MAIO

Neste primeiro parágrafo,tentei resumir, que li no Google : Mauro Prosperi (policial italiano)participando de uma maratona em 1994 (Maratona de Sables).Durante uma tempestade de areia, ficou perdido no deserto do Saara. Escondeu num Marabuto,onde tinha uma colônia de morcegos.Chegou a pensar em suicídio, para sobreviver, ele escreveu “ Peguei um punhado deles (morcego), cortei suas cabeças, tirei suas entranhas com uma faca, e então bebi o seu sangue. Depois comi pelo menos 20 deles cru”.

Que fato mais esdrúxulo, estarmos vivenciando toda esta situação.O mundo está paralisado.Acusam os morcegos. Há quem diga que o coronavírus surgiu dos Pangolins.(deve ser fake). Outra corrente , de experiências laboratoriais. Como sempre , e sabido, culpado é o homem.

Com este inimigo invisível, rondando por todos os cantos, maio não vê a hora de partir.Embora aborrecido, esbanjou límpidas manhãs ensolaradas e lindas noites estreladas.Cumpriu seu papel.Mês Mariano, das noivas.Quem diria que isso aconteceria um dia ?Sem coroações?.Taciturnamente está arrumando as malas.Cederá seu lugar para junho,que ficará alarmado,quando souber que as festas juninas estão proibidas.

Nessa quarentena, (ainda bem !) ,que podemos, acionar da memória, momentos inesquecíveis do passado.E foi justamente , num determinado mês de maio, minha tia que morava na Rua de Cima, resolveu organizar um terço. Retirou de dentro da cristaleira – ela tinha um luxo danado com esta cristaleira – um pequeno oratório de madeira com a imagem de Nossa Senhora .E também um sininho, muito disputado pelos meninos. O terço ocorreu apenas por alguns dias.Saíamos, cantando, formando procissão até a casa vizinha.Enquanto rezava-se dentro da casa, nós meninos , sob reprimendas,brincávamos de “rouba bandeira” na rua.

Terminado o terço, corríamos ladeira acima , a fim de assistirmos a coroação na igreja matriz.Era impressionante , comovente a beleza da simultaneidade: as crianças vestida de anjinho colocando a coroa na cabeça de Nossa Senhora sob chuvas de pétalas de rosas, incessantes repicar dos sinos, estouros dos foguetes , hino nacional tocado pela brilhante banda de música .

Lá fora- da igreja- dissipada as fumaças e os cheiros dos rojões, ouvia-se lá da barraquinha, o cantador de bingo.As crianças tinham preferência pela dos porquinhos da índia ou pescaria.

A empatia reinava entre as pessoas.Cantadas as últimas pedras da última rodada do bingo.Fechadas as portas da igreja.Recolhido o carrinho de pipocas. Desligadas as luzes.A cidade ,dormia em paz.

Hoje , o mundo implora para dormir em paz.Este vírus não faz distinção de classe social ou de raças. Como alento, as nações estão de mãos dadas, imbuídas em descobrir uma vacina para este vírus.Deus capacita o homem, então, com certeza ,tudo voltará a ser como dantes.

eoliv
Enviado por eoliv em 31/05/2020
Código do texto: T6964019
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