Cuidemos de viver.

Algumas vezes é preciso parar, escutar o som das folhas caindo, ouvir ou ainda perceber o imperceptível, estar atento ao som do... nada.

Algumas vezes a melhor forma de seguir em frente, é desacelerar. Atitudes simples podem ser significativas para uma transformação da forma de olhar a vida.

Expectativas devem ser sempre avaliadas por uma visão do filosofo que citado pelo professor Leandro Karnal, Schopenhauer, dizia que a vida é como se fosse um movimento constante fazendo analogia com um pêndulo que por sua natureza oscila incessantemente entre a felicidade, de um lado, e os inevitáveis contratempos, de outro.

A melhor forma de seguir é estar sempre preparado para o que possa ocorrer, repetindo uma ideia de pensamento que trago, agora, vinda de minhas próprias observações, questiono aqueles que dizem que um fato, uma catástrofe, um drama pessoal, fez com que mudasse a forma de ver o mundo, melhorando assim a própria vida. Sem querer fazer nenhuma crítica a estes que escrevem um livro de auto ajuda, baseados em contratempos pessoais, creio que não é necessário ocorrer fatalidades, sejam elas com nossa saúde, ou com perdas sejam econômicas ou até entes queridos para que só a partir deste ponto possamos entender o real valor de pequenas coisas, como o amanhecer de um dia, o encontro com pessoas que nos fazem bem, a leitura de um livro, e até mesmo um olhar para a natureza de forma diferente.

Vivo pensando que de forma alguma, não é preciso que o tal pêndulo analógico precise caminhar em direção a algum evento negativo para provocar em nós o despertar para uma nova forma de ver e entender a existência.

Observar o simples para chegar ao interior da nossa essência, ou quem sabe o contrário, olhar para dentro para descobrir o nosso propósito e assim poder ter uma nova visão do mundo. Sem necessidade de tragédias e sofrimentos. Fica assim mais fácil, "pular" o lado obscuro tão e somente pelo fato de que os problemas são inevitáveis.

Parafraseando os antigos, com a frase que dizia"cuidar da vida, pois a morte é certa", ou melhor, para contextualizar com final feliz, retornando a estória do pêndulo,complemento com a sugestão, mais que isto a afirmação: "se a morte é certa, então cuidemos de VIVER".