OLHANDO A NATUREZA

Perto de me mudar mais um vez, para outro bairro daqui mesmo da capital atrás de uma moradia com mais espaço e sem compartilhar obrigações, sinto que vou sentir saudades da minha vizinhança silvestre e claro dos vizinhos de porta também.

Por esses dias estive contemplando uns vizinhos que apareceram no nosso jardim. Um casal de Garrinchas. Rodeavam demais e quando nasceram seus filhotes ruidosos é que percebi que eles já tinham no pingo de ouro o seu ninho há bem mais tempo. Aquela arvorezinha já teve inquilinos anteriores: Um casal de rolinhas, e um de bico de lacre. e como vistantes bons de reboliços uns pardais e até bem-te-vis. também uns pequenininhos que dava uns pulinhos a cada piado. Apareceu certa vez no muro de trás três pica-paus, para esquentar sol mas, nunca mais voltaram, pois é. Agora cortando por fora sem pouso vão um caburé, quero-queros e gavião pinhé, esse ultimo esta bem sumido.

Ah! Uma manhã dessas aparece um bicho ali no quintal de trás, perto da área de tanque e descobriu que sair era mais difícil do que entrar. Isso depois que acabou com as plantas da patroa dissecando um pé dessas árvores ornamentais vermelhas para surecar, na tentativa de passar por um muro de mais de quatro metros sem sucesso. A sorte dele é que eu o vi primeiro e não sendo quem plantou ali coisa alguma, ficou para mim bem mais fácil resolver de modo democrático e silencioso a invasão inoportuna. Sem confrontos abri o portão e ele saiu serelepe, nao demostrando qualquer pressa mas com tempo suficiente para desaparecer antes da dona das plantas ver o estrago já feito. E a braveza? impropérios foram muitos e sem efeito porque o bicho já deveria estar bem longe. Escapou de umas vassouras dessas boas, Hehehe.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 29/05/2020
Reeditado em 31/05/2020
Código do texto: T6961969
Classificação de conteúdo: seguro