MÁSCARAS

 
Alguns povos orientais, dentre estes, japoneses e chineses, há muito tempo têm o costume de usar máscaras quando alguma ameaça à sua saúde se apresenta, principalmente ao trato respiratório. É compreensível pois já passaram por muitas epidemias e desastres naturais. Foram os primeiros a ter contato com a H1N1, a SARS e agora a COVID 19. Máscaras eram também usadas durante períodos em que a menos grave gripe comum infectava a população asiática.

Para nós brasileiros, as máscaras são uma novidade. Algo que, creio eu, veio para ficar por ser um instrumento útil para evitar contaminação.

Nesta pandemia de corona vírus, vemos maciça adesão da população. Não houve rejeição ao seu uso, pelo menos pela grande maioria. As pessoas que resistiram foram exceção.

Eu mesma confeccionei minhas máscaras e as de meu companheiro uma vez que não estavam disponíveis nas redes de farmácias aquelas profissionais e entendi que estas deveriam ficar reservadas aos médicos e enfermeiros, devido à sua escassez.

Encontrei entre meus guardados pequenos retalhos que sobraram de outras costuras e, tendo um modelo que me foi doado, cortei e costurei à mão diversos exemplares. De elástico para prendê-las às orelhas também encontrei sobras em minha caixa de costura. Deu sorte pois estava em quarentena e não podia sair para comprar o material.

Ficaram fashion, em tecido estampado, xadrez, de bolinhas ou listras, tendo o cuidado adicional de acrescentar-lhes um forro. Algodão, aprendi, é o melhor tecido para a confecção desse equipamento

Estamos no grupo de risco mas nas pouquíssimas oportunidades em que saímos, encontramos muitos mascarados. Eu, que não simpatizava com elas, nem no carnaval, passei a prestar-lhes atenção e ver que as pessoas são muito criativas, fazendo interessantes combinações de nuances e padrões: com as cores da bandeira, de times de futebol, com um lado estampado e outro liso...Haja criatividade!

Por outro lado, vê-se muita ignorância: pessoas que as usam penduradas na orelha, no pescoço, as que não cobrem o nariz e aqueles indivíduos que levam a mão ao rosto a todo instante...

Estou totalmente adaptada a esta novidade e passei a achá-la até interessante. Ela coloca em evidência os olhos das pessoas que na dificuldade de se expressarem pela fala, uma vez que a boca está coberta, falam com os olhos, que agora têm muito mais destaque em seus rostos. Gostei!

Mas estas máscaras que estamos usando agora não são ornamentos e nem têm a finalidade de esconder a identidade das pessoas, como as usadas por marginais. Estas salvam vidas...
Aloysia
Enviado por Aloysia em 29/05/2020
Reeditado em 29/05/2020
Código do texto: T6961937
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