*O AMOR
texto que ganou medalha
Eu te amo. Sou assim, decidido e firme, com apenas quarto palavras, mas revoluciono o mundo, mesmo sendo desprezado por muitos. Na prosa e no verso me destaco com louvor. Os poetas me reverenciam com tanta ênfase que o poder de sedução é muitas vezes arrebatador.
Sou tão pequenino, e meu poder de ação é tão gigante em todo decorrer de minha existência, que viajo sem nunca esgotar meu intento: aplicar amor em todas as estâncias e adentrar em cada espaço sem permissão. Sou viciado no amor de mãe, o mais forte, afinal a mulher é procriadora universal. “Crescei e multiplicai-vos”.
Mas quantas famílias são desagregadas, crianças abandonadas, filhos que matam pais, irmãos sendo fortes agressores, avós desprezados, pela falta de amor. Assim mesmo não me sinto derrotado. Compartilho da família o amor entre os cônjuges, até que a morte os separe. Esse conceito foi substituído pelo, até que o divórcio nos separe. - Mata-se por amor? - Não, meus senhores. Por ódio, sim, pela posse do outro, a humilhação de ser trocado por mulheres mais jovens, ou homens com poder financeiro de grande valor, ou status social.
Entre amigos o amor é tão mesquinho, e tão fraco, que a menor ofensa, desrespeito, ou grosseria uma amizade se rompe.
Cheguei ao poder político e, me esgueirando soprei uma migalha de amor. – Amor, seu amor? Tem juízo não? Já viu amor combinar com poder! Todos atuam com facas de dois gumes, ou espinho de grande profundidade, balaço, extermínio do outro. Já viram uma matilha de cães brigando na rua? Eu vi na assembleia, repetidas vezes e, quando são contrariados nas suas ideias, gritam esbravejam, se esmurram, e ainda são tratados por Vossa Excelência. Caso contrarie o ideal do outro age qual porco espinho que se ouriça facilmente com pouca farpa. Aí Vossa Majestade foge, de lá, cabisbaixo sem opção de defesa ou argumento. Continue.
Caminhado com a mesma coragem fui ao futebol. Absurdo confabular com tal blasfêmia. As pessoas não foram educadas para perder ou ganhar. Matam por amor ao seu time. Desolador. - E as crianças? - As crianças se amam sem preconceito, até o dia que os adultos lhe mostram as diferenças pela raça, credo e poder.
- Ah! Mas o amor a Deus, esse sim, é verdadeiro. – Quanta heresia meus leitores! Existem habitantes deste planeta terra, que negam a existência de um Ser Superior para viverem livremente, sem compromisso com a dignidade, que foi criada para o controle familiar. Bebem, matam, roubam, abandonam os filhos, se prostituem, com a certeza, creio, de que a vida é só matéria, e a natureza e os homens foram criados por acaso. No entanto vemos as recompensas pelos nossos atos voltarem do tamanho de nossas ações.
Mas eu amor não me canso. Assumo o compromisso com a missão que me foi designada, esperar o abraço da conquista, almejando a paz mundial. “Se a esperança é a última que morre”, ele se renova a cada desamor.
- Mas excetuas os amores duradoiros? - Bom, indaguei de uma senhora, que viveu setenta anos de matrimonio. Sua resposta foi categórica. Não casei por amor, Vossa Majestade, casaram-me. A única solução foi suportar a prisão, os abusos, a autoridade e a pressão social. Hoje, ao menos, temos liberdade. O amor soltou uma lágrima de decepção, pensou na imperfeição humana e confabulou consigo: sou perfeito. Eu amo sem nada exigir, perdoo, desejo sempre o bem do outro.
Caminhei em direção ao futuro remexido palas mudanças e pressas, intacto sem uma ranhura reafirmou: eu sou perfeito, o ser humano é inutilizado.
texto que ganou medalha
Eu te amo. Sou assim, decidido e firme, com apenas quarto palavras, mas revoluciono o mundo, mesmo sendo desprezado por muitos. Na prosa e no verso me destaco com louvor. Os poetas me reverenciam com tanta ênfase que o poder de sedução é muitas vezes arrebatador.
Sou tão pequenino, e meu poder de ação é tão gigante em todo decorrer de minha existência, que viajo sem nunca esgotar meu intento: aplicar amor em todas as estâncias e adentrar em cada espaço sem permissão. Sou viciado no amor de mãe, o mais forte, afinal a mulher é procriadora universal. “Crescei e multiplicai-vos”.
Mas quantas famílias são desagregadas, crianças abandonadas, filhos que matam pais, irmãos sendo fortes agressores, avós desprezados, pela falta de amor. Assim mesmo não me sinto derrotado. Compartilho da família o amor entre os cônjuges, até que a morte os separe. Esse conceito foi substituído pelo, até que o divórcio nos separe. - Mata-se por amor? - Não, meus senhores. Por ódio, sim, pela posse do outro, a humilhação de ser trocado por mulheres mais jovens, ou homens com poder financeiro de grande valor, ou status social.
Entre amigos o amor é tão mesquinho, e tão fraco, que a menor ofensa, desrespeito, ou grosseria uma amizade se rompe.
Cheguei ao poder político e, me esgueirando soprei uma migalha de amor. – Amor, seu amor? Tem juízo não? Já viu amor combinar com poder! Todos atuam com facas de dois gumes, ou espinho de grande profundidade, balaço, extermínio do outro. Já viram uma matilha de cães brigando na rua? Eu vi na assembleia, repetidas vezes e, quando são contrariados nas suas ideias, gritam esbravejam, se esmurram, e ainda são tratados por Vossa Excelência. Caso contrarie o ideal do outro age qual porco espinho que se ouriça facilmente com pouca farpa. Aí Vossa Majestade foge, de lá, cabisbaixo sem opção de defesa ou argumento. Continue.
Caminhado com a mesma coragem fui ao futebol. Absurdo confabular com tal blasfêmia. As pessoas não foram educadas para perder ou ganhar. Matam por amor ao seu time. Desolador. - E as crianças? - As crianças se amam sem preconceito, até o dia que os adultos lhe mostram as diferenças pela raça, credo e poder.
- Ah! Mas o amor a Deus, esse sim, é verdadeiro. – Quanta heresia meus leitores! Existem habitantes deste planeta terra, que negam a existência de um Ser Superior para viverem livremente, sem compromisso com a dignidade, que foi criada para o controle familiar. Bebem, matam, roubam, abandonam os filhos, se prostituem, com a certeza, creio, de que a vida é só matéria, e a natureza e os homens foram criados por acaso. No entanto vemos as recompensas pelos nossos atos voltarem do tamanho de nossas ações.
Mas eu amor não me canso. Assumo o compromisso com a missão que me foi designada, esperar o abraço da conquista, almejando a paz mundial. “Se a esperança é a última que morre”, ele se renova a cada desamor.
- Mas excetuas os amores duradoiros? - Bom, indaguei de uma senhora, que viveu setenta anos de matrimonio. Sua resposta foi categórica. Não casei por amor, Vossa Majestade, casaram-me. A única solução foi suportar a prisão, os abusos, a autoridade e a pressão social. Hoje, ao menos, temos liberdade. O amor soltou uma lágrima de decepção, pensou na imperfeição humana e confabulou consigo: sou perfeito. Eu amo sem nada exigir, perdoo, desejo sempre o bem do outro.
Caminhei em direção ao futuro remexido palas mudanças e pressas, intacto sem uma ranhura reafirmou: eu sou perfeito, o ser humano é inutilizado.