QUERIDOS NÃO MORREM JAMAIS
Nunca entendi e nem concordei com frases do tipo: "Fulano foi filho de Beltrano" ou "Fulana foi mãe de Beltrana", quando se referem ao vínculo de alguém que morreu.
Os elos que unem as pessoas não são vulneráveis à fragilidade e finitude da vida. Eles se perpetuam enquanto perdurarem as lembranças e a saudade.
Eles se manterão vivos enquanto se mantiverem aquecidas as referências, os legados emocionais e as histórias compartilhadas.
Quando tudo isso acabar, levando o tempo que for, pode-se colocar o verbo no passado.
Mas enquanto estiverem mais fortes do que nunca, colocar o verbo no tempo presente é o mínimo que se pode fazer em respeito à memória do querido ou da querida que se foi antes da gente.