Capitão, como era conhecido Daniel Crescêncio, nasceu num ilha mágica, Florianópolis.
Cercada de belezas naturais esplendorosas e água por todos os lados, descobriu sua vocação para a Marinha muito cedo.


Aos cinco anos já fabricava barcos de papel em escala para os seus amiguinhos e brincava com os marinheiros na Capitania dos Portos, nos dias de visitas.
Nunca conheceu o seu pai, a sua mãe dizia-lhe que tinha nascido fruto de um amor verdadeiro e era isso que importava.

Quando tinha 10 anos mudou-se com sua mãe para Santos onde conheceu tudo o que atracava naquele grande Porto.

Corvetas, Destróier, Navio Escola, Fragatas, cruzeiros marítimos, submarinos e...barcos de pesca.

Ele tinha em sua casa inúmeros álbuns de figurinhas, enciclopédias, coleções e fotos destas embarcações, era apaixonado também pela fauna e flora marinha.

Nada passava despercebido pela sua atenção do que se se relacionava ao mar e ao contato do homem com ele.

Aos dezoito anos serviu a Marinha Brasileira e de lá a Aeronáutica na área Marinha. Nunca mais saiu.

Pouco tempo permanecia em terra. Foi transferido inúmeras vezes para o Rio de Janeiro, daí para Recife, para Salvador e até Manaus com seus enormes rios e florestas.

Adquirira durante todo este tempo o respeito e admiração de todos na marinha e aeronáutica, desde os recrutas até o alto comando.

Eles os enviavam para missões muito perigosas.
Desde o mar da Amazônia (seus grandes rios), os naufrágios e buscas em alto mar, até as plataformas da Petrobras, em missões de salvamento.

Seu último departamento e região foi as costa entre Santos e o Paraná, porém a sua divisa era marcada por seu coração, nunca tinha perdido um homem seu e muito menos um resgate fracassou em toda sua trajetória.

Estava de prontidão com a sua equipe naquele 18 de setembro de 1988.

...continua Esperança - Parte VIII - A Véspera da Pescaria, tudo tem um sinal.
Robertson
Enviado por Robertson em 26/05/2020
Reeditado em 01/06/2020
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