Mercúrio contemporâneo
O mundo de modernidade líquida também tem sua verdade líquida. Líquida e metálica como o mercúrio. Contaminante como a prata-viva, a ser também o mensageiro dos deuses trazendo boas e más notícias.
A vida humana transformada em objeto de consumo foi impactada com o isolamento social horizontal, onde só funcionam os serviços e atividades
essenciais. Todo o resto se encontra fechado e suspenso no ar, na incerteza do que virá amanhã.
Bauman ao conceituar a modernidade líquida fez diferenciação no modo pelo qual as vidas humanas convivem. Pois as comunidades existentes na modernidade sólida eram éticas, e mais compreensivas e duradouras. Hoje tudo é volátil e descartável. Não me admira que o pensamento de trocar de governo, de destituição do poder seja tão frugal como trocar de sapatos ou tapetes.
Diante da impossibilidade de oferecer respostas definitivas, diante a existência humana e, ainda, diante à própria enigmática natureza do mundo. A insuficiência dos saberes nos faz contentar com líderes alegóricos e até performáticos.
Capazes de aleivosias públicas, de bizarrices escrachadas e, até mesmo, certo dose de cinismo explícito. Xinga-se publicamente. Ameaça-se publicamente. E, o Estado de Direito fica parecendo um script mal escrito, encenado por canastrões e colombinas arrependidas. Fenece a olhos vistos.
A velocidade dos acontecimentos é tão avassaladora que permeia nosso cotidiano o conceito de pós-verdade, situação em que os apelos à emoção, às crenças pessoais tanto nos influenciam até mais que a própria razão. O vocábulo "pós-verdade" foi eleito como a palavra do ano de 2016 pela Universidade de Oxford.
Nosso futuro político é incerto e, os discursos prevalentes são mascarados de muita eloquência ideológica e muito desvio ético. A algaravia no congresso é produzida em causa própria e na busca vã de representação social. E, o país mergulhado feito Titanic em crises políticas, econômicas e sanitária, tenta reconstruir a ligação com o cidadão.
Sabemos que a fluidez é a qualidade de líquidos e gases. Afinal, os líquidos diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. E, os fluidos se movem facilmente. A fluidez ou liquidez são adequadas metáforas quando desejamos captar a natureza dessa fase da história da humanidade.
Como nada é feito para durar... nem a pandemia, nem governo.Temos a esperança de reconstruir as garantias constitucionais e, principalmente, a segurança jurídica. Precisamos reconstruir a capacidade de sobreviver com dignidade.
A vida humana transformada em objeto de consumo foi impactada com o isolamento social horizontal, onde só funcionam os serviços e atividades
essenciais. Todo o resto se encontra fechado e suspenso no ar, na incerteza do que virá amanhã.
Bauman ao conceituar a modernidade líquida fez diferenciação no modo pelo qual as vidas humanas convivem. Pois as comunidades existentes na modernidade sólida eram éticas, e mais compreensivas e duradouras. Hoje tudo é volátil e descartável. Não me admira que o pensamento de trocar de governo, de destituição do poder seja tão frugal como trocar de sapatos ou tapetes.
Diante da impossibilidade de oferecer respostas definitivas, diante a existência humana e, ainda, diante à própria enigmática natureza do mundo. A insuficiência dos saberes nos faz contentar com líderes alegóricos e até performáticos.
Capazes de aleivosias públicas, de bizarrices escrachadas e, até mesmo, certo dose de cinismo explícito. Xinga-se publicamente. Ameaça-se publicamente. E, o Estado de Direito fica parecendo um script mal escrito, encenado por canastrões e colombinas arrependidas. Fenece a olhos vistos.
A velocidade dos acontecimentos é tão avassaladora que permeia nosso cotidiano o conceito de pós-verdade, situação em que os apelos à emoção, às crenças pessoais tanto nos influenciam até mais que a própria razão. O vocábulo "pós-verdade" foi eleito como a palavra do ano de 2016 pela Universidade de Oxford.
Nosso futuro político é incerto e, os discursos prevalentes são mascarados de muita eloquência ideológica e muito desvio ético. A algaravia no congresso é produzida em causa própria e na busca vã de representação social. E, o país mergulhado feito Titanic em crises políticas, econômicas e sanitária, tenta reconstruir a ligação com o cidadão.
Sabemos que a fluidez é a qualidade de líquidos e gases. Afinal, os líquidos diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. E, os fluidos se movem facilmente. A fluidez ou liquidez são adequadas metáforas quando desejamos captar a natureza dessa fase da história da humanidade.
Como nada é feito para durar... nem a pandemia, nem governo.Temos a esperança de reconstruir as garantias constitucionais e, principalmente, a segurança jurídica. Precisamos reconstruir a capacidade de sobreviver com dignidade.