PERDÃO. MISÉRIA. JUSTIÇA.
Ninguém que ser algoz de ninguém, ninguém quer o sofrimento de seu próximo, por isso há uma ordem institucional, onde o mínimo deve ser observado, nos negócios principalmente públicos para que a balança dos pesos sociais possa mover-se.Mas quando a ordem institucional está lavada em corrupção, desprezo pelo próximo, insensibilidade total, nenhuma justiça humana pode fazer valer qualquer pena merecida. Sempre é muito pouco. No Brasil praticamente inexistentes penas justas, muitos corruptos nas ruas, outros passeando na Europa, outros "cumprindo pena" em mansões com o dinheiro roubado. Outros chafurdando como porcos valendo-se da atual doença que dizima. INACREDITÁVEL!
Não se pede o máximo, se quer o mínimo, mas que não chorem por liberdade efêmera aqueles que subtraíram a vida, mataram na asfixia os que precisavam respirar. Promoveram e se locupletaram na dor e agonia do luto, fazendo da morte meio para subtrair dinheiros públicos.
Não há limites nem barreiras nessa investida permanente e cruel no Brasil.
E não festejem alguns cessação de prisões, profissionais do mal, cassação eventual do cárcere, pois cárcere mais rigoroso virá, definitivo e alongado, é inexorável em crimes confessados, principalmente quando incorporam magnitudes em poder ofensivo social, como agora se repete.
Deus é misericórdia, mas não há misericórdia para estes gigantes da corrupção.
Julgar não nos pertence e, quando existe, é pouca a pena dos homens, e de certa forma se expressa em “não julgais para não serdes julgados”, pois a grande pena vem de Deus.
Se há julgamento institucional, humano, é para sinalizar a expiação que virá, pois por chamamento de Deus, por sua convocação como está nas Cartas de São Paulo, e nos Livros Sagrados do antigo testamento, “instituirás Juízes nas portas de Israel”. É o início do caminho para os grandes faltosos.
“Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e mais justo", revela o cardeal alemão Walter Kasper, mas não pode haver misericórdia para quem nenhuma misericórdia tem com a dor.
Misericórdia de “cor, cordis”, coração, se dirige àqueles que têm uma réstia de sensibilidade, nunca a quem faz somar a dor. Em latim miséria é aflição, não pode haver misericórdia a quem amplia aflição.