Depois da quarentena
"A quarentena nos faz enxergar que a solitude não existe quando percebemos que todos nós somos um só. A natureza, os animais, os homens e tudo que compõe este lindo planeta terra. Diante disso, só me vem uma única palavra: gratidão. Gratidão pelo ar que respiramos, pelo sol que nos ilumina e pelas pessoas que passam pela vida para nos ensinar.
Nos sentimos tão distantes de tanta gente, neste momento, mas na verdade este é o momento de nos fazermos presentes mesmo longe, então a distância só será entre os corpos e as casas, mas dentro dos nossos corações não há.
Cada um em seu lar, em sua morada, responde ao convite (do universo) à reflexão: o que fiz de significativo até então para mim e para a humanidade? Será que quando eu envelhecer estarei satisfeito com as minhas ações e com o que contribuí?
O planeta terra vai realizar seu sonho de evolução daqui a bilhões de anos. A confiança vai se sobrepor ao medo e a legalidade não será mais necessária, pois dentro de nós saberemos o que faz mal para si e para os outros, o amor governará ao invés de presidentes, prefeitos e reis".
Depois de lidas suas reflexões sobre os momentos sombrios que viveu, Paulo fechou seu notebook, deitou em seu sofá e imaginou tudo que havia escrito projetado na realidade que desejava viver. Sendo inventivo e criativo sua mente não cansa da arte de imaginar.
Porém, não só de imaginação se vive. Estava chegando a hora de cumprir com a promessa que fez a si mesmo: dar chance para o amor.
O jovem carioca, moreno, de olhos cor de mel e de ombros largos se aprontou e com um sorriso largo, ao ver a pretendente, exibiu suas belas covinhas.
Aproveitou o que tinha de mais favorável a uma conquista: seu charme, inteligência, romantismo e bom humor.
Sucederam-se mais encontros com a mesma mulher e, então, percebeu que não estava apenas cumprindo uma promessa. Seu coração falou.