O que fazer depois?

De um momento para o outro perdemos referências, como se a nossa bússola interna tivesse quebrado e apontasse para um futuro indefinido num mundo virado de cabeça para baixo, literalmente de pernas para o ar. Um futuro imprevisível. Voltará o mundo a ser o mesmo?

Mas, ainda há os que mergulham suas cabeças em sonhos de outrora e se negam a deixar de pensar que tudo não volte a ser o que era. O que faremos depois que a crise do coronavírus terminar, e se afaste o perigo?-perguntam-se alguns.

Há os que dizem que, farão uma viagem com toda a família para New York, talvez. ( eu escutei)

Sonham ofuscar-se num mundo de luxos em meio às luzes de neons da Times Square, “perder-se” numa das maiores áreas de lazer do mundo no centro de Manhattan, a do teatros da Broadway, ouvir um bom jazz ou blues em um dos bares da cidade e, sem contar as horas, a perambular pelas calçadas da 5 th Avenida a chamada Avenida dos milionários.Sedutora sim, esta imensa Avenida com seus famosos museus e 10 kms de riquezas e vitrines onde as mais caras griffes de estilistas de todo o mundo encantam olhares sequiosos, e perfumes de fragrâncias famosas de renome internacional deliciam seus delicados nervos olfativos.

É o que oferece esta cidade de enorme variedade de programas além dos culturais que, com um acervo incrível e algumas das obras mais valiosas do mundo torna-a ainda mais atrativa.Uma entre as mais urbanas e mais movimentadas do planeta que se reinventa, e se renova a cada dia.Assim era até agora a poderosa New York, o sonho dos sonhos.

Especial, sem dúvida, mas e agora ?

Será que em suas ruas serão esquecidos o tocar de sirenes de veículos de bombeiros, de policiais e ambulâncias? Será que ao se passar pelo Central Park se esquecerá que ali existiu um Hospital de Campanha onde tantos sofreram e morreram?

Num outro lado, há os que pensam apenas em necessidades básicas. Seus sonhos? Ter dinheiro suficiente para poder entrar num supermercado e comprar comida para a família, quando tudo passar e pagar contas atrasadas, quem sabe...

Esta é a realidade de milhares de pessoas à minha volta .

Sou uma, entre tantas, que ainda não consegue se projetar num futuro. Será que conseguiremos um dia? Vivo num pais onde já vi um pobre tirar comida com as mãos de um saco de lixo na rua, e levar à boca!

Que possamos retomar nossos vidas, garantir direitos aos mais pobres e alimentar a esperança que não se agravem diferenças entre ricos e pobres neste país que amamos. Tão lindo, tão rico e tão pobre, ao mesmo tempo: o Brasil.

Depois, só depois, pensar-se na viagem dos sonhos, se possível for.

Lana

Teresa S Carneiro
Enviado por Teresa S Carneiro em 25/05/2020
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