ELA VEIO PARA DESTRUIR

   Manhã fria de domingo, a chuva forte deu uma trégua, mas o dia permanece nublado. O silêncio invadiu um lar onde outrora era repleto de conversas e alegrias, ali todos se confraternizavam, se abraçavam, em cada rosto via-se estampada a felicidade. Ninguém imaginava que uma transformação brusca fosse mudar uma realidade que tinha tudo para se perpetuar por longos anos. A infelicidade ali se instalou, naquele seio familiar a tristeza fez morada e prometeu ficar, assim como fez com incontáveis outros lares onde todos planejavam um futuro promissor.

   Ela, a grande culpada de muitas tragédias, quiz mostrar a sua força, o seu poder de manipulação sobre qualquer um que se oponha aos seus caprichos. Ela sim, com toda certeza, chegou para destruir as famílias e agir em nome de uma falsa modalidade de uma "nova implementação de valores". Se é certo ou errado pouco está interessando, o que vai ficar valendo é um novo conceito de vida mesmo que com essa decisão leve o desespero a milhões de lares. Ela não veio porque quiz, simplesmente sozinha jamais teria chegado até nós, não conseguiria sem a "ajuda" de alguém de mente maquiavélica, de gente da pior espécie e indigna de ser chamada de ser humano.

   Nessa manhã chuvosa de domingo eu resolvi escrever esta crônica, me comoveu um fato acontecido bem próximo a mim, um fato entre outros aqui na mesma localidade e com as mesmas conseqüências. O choro dos envolvidos com essa infelicidade é escutado e dói profundamente em mim e em qualquer outra pessoa comum,  que chora silenciosamente mesmo sem ter sido "visitada" por ela, essa infeliz que não tem a mínima ideia da dor que está causando. O desprezo por ela é inquestionável, é absoluto, todos devem concordar comigo. Ela, a covid-19, há de ser vencida em nome de Deus.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 25/05/2020
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