Coliseu brasileiro
Coliseu brasileiro
Dentro de casa, cumprindo o isolamento social, admito que minha paciência está no limite. Escrevo, faço ginástica, leio jornais, livros. É uma rotina cansativa. E depois, na maior parte do tempo, caio no sofá e fico a assistindo televisão. Os telejornais só falam da pandemia, e dos conflitos, entre Legislativo, Judiciário e Executivo, assunto que não aguento mais. Até queria conseguir participar e tomar uma posição, digna de um cidadão bem informado. Mas acho impossível, cada mídia notícia de um jeito. E o número de notícias é tão grande, que precisaria de um megacomputador para processá-las, para podermos tirar conclusões, e assim, tomar alguma posição.
Pelas informações, que se colhe aqui e ali, percebe-se um grande número de gladiadores, lutando para tirar vantagens da pandemia. Já se fala em superfaturamento, na compra de insumos, de respiradores, e também na construção dos hospitais de campanha. Como pode ser isso? É difícil de acreditar que numa crise mundial humanitária, alguém tenha sangue frio para praticar atos assim. Que seres humanos são esses?
E aí, a pergunta mais relevante: Como devem estar passando os milhões de brasileiros, que vivem na linha da pobreza? Como estarão fazendo para sobreviver? O que o governo está fazendo por eles, é o suficiente? Poderia fazer mais? Sinceramente não sei.
Fala-se que em outros países, onde destinaram uma percentagem significativa de seus PIB (Produto Interno Bruto) para os menos favorecidos, pelo menos até a crise ser controlada, foi um sacrifício necessário e exemplar destes governos. Porque acabar num curto espaço de tempo, essa crise não vai, este vírus veio para ficar. Só a vacina nos salvará!
Já não sei mais, em quem acreditar, as fake News, se misturam com a verdade, fica difícil saber, quem está certo, e quem está errado.
Aí, com o cérebro cansado, procuro refúgio em filmes, novelas, e coisas sem importância, e assumo a posição de um cidadão alienado.
Está difícil descobrir uma fonte segura, e confiável de informação, para se ter uma posição nestes emaranhados de fatos, que pegou todo mundo de surpresa, com a chegada do vírus. Sei que há gestores sérios, e que se erram, é porquê tudo é novo. Fazer tentativas; erros e acertos, é melhor do que não fazer nada, acredito nisso. Exceção na medicina, que lida com vidas, e tem que ter como base em suas atitudes, a ciência.
Até as mortes, e o número de contaminados pelo Coronavírus misturou-se na luta pelo poder. Penso que todos os gestores do Brasil, deveriam fazer um pacto; deixar as diferenças de lado, e usar todos esforços para uma única frente, salvar vidas, distribuído um percentual do PIB para os cidadãos que estão na linha da pobreza, que são milhões.
E vou, aqui do meu refúgio, continuar procurando verdades, no meio deste rio de fake News.