O querer sempre dela
Linda e belíssima como a vertente do amor. Serena e pura como brasão do coração. E era dentista e advogada nas horas de folga. E era simples como uma mulher doce e casta. Com coração batendo várias vezes por minuto ela se emocionava com filmes de romance e aventura. E era um choro somente. E ia aos cinemas todas as noites de quarta-feira, pois era mais barato vê-los. E conheceu um amigo chamado Jonas e tinha mesma idade do que ela e eram bons amigos. Eles saiam para baladas à noite. E bebiam juntos e conversavam juntos; e ele apresentou a ela um amigo dele chamado Xavier e foi-se paixão a primeira vista. E começaram a namorar. Jonas ficou com inveja dela, pois ele a amava também mais não tinha coragem de se declarar a ela; e ela declarou sua amizade a ele ficou triste, pois queria muito mais dela. Ele queria casar com ela, ter filhos e filhas com essa mulher. E Jonas resolveu se afastar dela e, ficaram sozinhos em sua casa vários meses. E Xavier teve uma conversa séria e franca com ele e decidiram que ela escolhesse quem queria ficar e até casar. No final dos resultados ela escolheu ao Xavier e Jonas ficou mais triste ainda. E mudou-se para o interior de São Paulo e Xavier se casou com ela. Hoje os dois estão felizes e com dois filhos chamados Cravina e Somaria duas lindas filhas. O cinema ficou sendo a diversão da família e passeava de bicicleta pelo Ibirapuera lugar seleto deles quatro. Do Jonas somente se sabe que ficou em uma clínica de repouso por vários anos passageiros e morrera sozinho. Viveu os quatro em felicidade total enquanto outros se entristeciam como o pobre Jonas. Ela tinha trinta e três quando casou com Xavier que tinha trinta e quatro. Cravina era uma excelente desenhista e se formara em artes gráficas e Somaria virou bibliotecária como desejava a mãe. Xavier era um advogado, e uns dentistas como a esposa e os dois viajavam para Belo Horizonte todos os finais de ano. Ela era a rainha do lar, a princesa perfeita, um raio de sol vestido de purpúreo verão. Abrasava cada certeza em ser uma mulher praticamente perfeita. Somente faltava a coroa de mulher santa para ser assim. Xavier era apaixonado e esta paixão era linda e singular dele por ela e dela por ele. E as famílias deste casal se amavam desde cedo. Xavier era amado pela esposa casta e fiel. Sentiam alegrias particulares de uma redoma de pazes flutuantes. Com o sucesso dos quatro eles compraram três casas, uma para o casal, e mais duas para as filhas diletas e queridas. Com sessenta e cinco anos ele se aposentou e ela com sessenta e três também. E os filhos cuidaram dos seus dois pais mesmo na velhice deles. Com gestual amor sincero a vertente de se amarem e serem amados eram algo belíssimo. Ela e Xavier tiveram mais um filho, um menino. E chamaram-lhe de Crescente um menino que tudo vence e tudo quer de bom. Os cinco conseguiram tudo o que se pretendiam e faltava-lhes somente uma única coerente: irem morar lá no céu, sua pátria celeste. Crescente montou uma ávida arte de ler e de escrever cada verso.