A sociedade esta doente
A sociedade esta doente, não há outra explicação.
Não se fala mais, não há conversa, não há diálogo. Acredito em determinada coisa, idéia e minha opinião têm que prevalecer. Não interesse se a do vizinho, parente colega é diferente. O que interessa é minha visão a respeito. Todos devem aceitar e pronto. Todos terão que ser iguais, padronizados e chega. Assim é a visão social de agora, não há esquerda, não há diferente, não há oposição e melhor não haverá no futuro. O que fizeram, o que construíram ao longo de anos, acabou. Uma sociedade de confronto e de conflito permanente incendiada pelas redes sociais, que já vinha doente pela falta de tempo e mergulhada no consumo exacerbado e egoísta.
Não vou deixar pedra sobre pedra. Não interessa a construção, o mundo começa agora, a nação começa agora, o correto é agora. Cultura do que serve e para quê? Ciência o que resolve que sentido faz?
Deus acima de todos e a nação acima de tudo é o que interessa. Meio ambiente, índio, povos, só existe um povo o nosso. Não há mais denominações, quilombolas, índios, branco, preto, nada, nada disso tem valor. Não há limites, não há regras, lei que delimitam poder, não interessa! Quem, manda é a maioria (minha) e a minoria obedece, ou vão tomar tubaina. Pobre é destinado ao trabalho. Doente vai morrer. Estado não existe, doença não existe, o povo tem que trabalhar. Escola é para poucos e para quem tem condições. Viagens, lazer, recreação, diversidade, o que é isso? Nada, nada. O aparelhamento do estado acabou, estamos em outra era. O vírus esta ai, vamos enfrentá-lo de cabeça erguida, vamos às ruas, vamos trabalhar, seja homem porra!
Vai morrer gente, vai e daí? Todos nós haveremos de morrer um dia, não é isso. Eu sou Messias, mas não posso fazer nada? Não sou coveiro! E dai! E dai!
Gente eu não sou deste planeta, me leve deste lugar, ainda não cheguei a este nível de barbaridade, de loucura. A sociedade esta louca, doente de pedra. Quem esta deste lado, apóia sem restrição, não quer diálogo, não conte comigo, isola.Preciso manter minha sanidade. Tenho medo, estamos em poucos e talvez fique só. Vou visitar as pessoas, aquelas que as guardo com carinho e que aceitava a mim e o meu modo de pensar e agir, que muitas vezes era diferente delas, e eu as aceitava como eram, e as amava. Estou triste e só, as visito e as prestigio na lembrança dentro de mim, enquanto ainda há uma chama, pois o poeta a acendeu e foi embora e preciso avivá-la.