Traineira Esperança - Parte IV - Rita, a temperança.
Rita, mãe de Roberto ensinou para ele desde cedo a educação, o respeito, a correção e mais, em tempo de descriminação, que saber cozinhar não era coisa só de mulher, mas sim uma profissão de futuro para um homem, também.
Cobriu com fidalguia a falta do pai destrambelhado.
Nunca falou mal do falecido, assim como nunca explicou as marcas e as cicatrizes em seu corpo.
Neste ambiente sadio Roberto cresceu com infância normal, brincando e ajudando a sua mãe nas receitas dos salgados de peixes que vendiam na feira local.
Aprendeu, como era em área portuária, receitas do mundo afora.
Na feira compareciam chefes de cozinha dos navios transatlânticos internacionais, carregados de turistas e também de tripulantes dos navios porta- contêineres e cargueiros nacionais.
Todos iam ali pela curiosidade da culinária local e regional e entre um inglês arrastado e outro, Roberto acabou descobrindo as palavras chaves para se comunicar e para descobrir os segredos de substituir os produtos estrangeiros por produtos da terra em várias receitas recebidas.
Criou pratos especiais e reconhecimento internacional.
Julio, o novo capitão da baleeira Esperança, era o seu melhor amigo e a pedido dele e incentivo da sua mãe, ele pediu licença de 15 dias para o seu chefe no Restaurante, para acompanhá-los como cozinheiro na última pescaria do Mestre Rodrigão no Esperança.
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...Continua em Traineira Esperança - Parte V - Segundo Mestre, Jonathan.