PANDEMINA COVID19
       E DEPOIS?



Ninguém sabe como ele foi gerado, mas logo demos conta a que veio.
Num desenho colorido, quase uma flor, sem olhinhos puxados a China o exportou para o mundo inteiro.
Com o Corona Vírus a vida fica sob ameaça, a morte se alastra como rastilho de pólvora sem escolher raça, classe e status.
Os meios de comunicação repetem como papagaios a mesma coisa dia e noite e o me-do
nos contamina antes do vírus pelo extremismo eloquente.
As estatísticas de pessoas acometidas pelo vírus aumentam a cada segundo, medidas preventivas são obrigatórias.
Mas nem todas as pessoas seguem à risca as medidas preventivas. Conforme a cidade,
recebem castigos como crianças teimosas que não querem calçar os sapatos.
Birra que custa muito caro para os próprios. Inconsequências que podem levar à morte
tendo dos que desafiam as medidas preventivas e daqueles próximos a eles.
Nesse exato momento a mídia noticia que o Brasil é o epicentro da pandemia do CO-VID-19. Triste título para um país como o Brasil.
Hospitais cheios, falta de leitos, de médicos, de aparelhagem em muitas regiões.
Só que nem tudo gira em torno da falta. Neste momento em que tudo parece obscuro, a luz acesa nos corações de pessoas do Brasil e do mundo se irmanam na solidarieda-de de doar, dividir, de amenizar o sofrimento, numa corrente do bem que atravessa continentes.
Nos últimos dias nossa esperança se ilumina com testes de algumas vacinas contra o vírus. Um alento para corações que abraçam a esperança, o propósito de acompanhar o crescimento dos filhos, de ter seu trabalho de volta e retomar sua vida
Lembro de uma frase que sempre dizia para meus filhos quando vinham se queixar de alguma coisa que não dera certo. Eu dizia: Tudo passa.
Hoje ocorre o contrário, eles já com suas famílias, moram em outras cidades. Através
dos meios de comunicação nos monitoram, preocupados conosco.
Aí é meu momento de tranquilizá-los e repetir que cuidem de si e de meus netos. Digo
que espero assistir a formatura dos netos, quem sabe o casamento também.
É meu jeito de não me entregar ao medo do presente, acreditando que o amanhã poderá nos surpreender, a ciência vai vencer o vírus. Será a retomada de nossas vidas com a aprendizagem que através do sofrimento, dos momentos difíceis vivenciados e, até pela
nossa impotência em certos momentos, vendo pessoas amadas se afastarem de nós como um sopro. Lições que nos levaram a ter um novo olhar para a pessoa ao nosso lado, para dividir, para acolher. Solidariedade que alivia a dor do outro e traz um re-novo ao estender a mão.
Esperança! Tudo passa. Tenha fé. A tempestade vai passar,
Logo o vírus, que causou tantos estragos, se vai. Janelas e portas serão abertas para re-ceber a vida de peito aberto.
Escolas abertas, professores ensinando, jovens cantando o brilho da vida e retomando seus estudos e projetos.
E nós, os ilhados compulsoriamente pelo vírus, sairemos melhores dessa pandemia?
Quais as lições aprendidas?
Muitas! O Covid19, trouxe dores, mortes, desespero, provocando uma revolução si-lenciosa, induzindo homens a duas vertentes – uma, como a dos profissionais da saú-de que deram tudo de si para salvar vidas ,mesmo tendo dificuldades com aparelhos, leitos e número insuficiente de enfermeiros e outros profissionais da saúde.
Por outro lado, há acontecimentos que não se pode jogar a culpa no vírus. As disputas pelo poder, que continua como sempre, alimentando o capitalismo, minorizando a morte e recolhendo-se ao egoísmo de lucro e descaso. Situação não generalizada, mas quando vemos no meio de uma pandemia prevalecer a ambição sobre a responsabilidade de atender o povo, é revoltante.
Após tudo isso, uma voz sussurra em meus ouvidos:
-E depois? Como será?
Só o senhor tempo terá a resposta.
Quanto a mim torço para que essa pandemia nos faça vencer o medo, buscar um futuro onde nós, seres humanos possamos valer mais que o capitalismo. Que a lição de humanismo nos abrace.