Um troglodita na rampa
A galerinha se encanta com os parangolés (as conversinhas fiadas) de um presidente desbocado, com o qual até se identifica. Mas esquece de ver alguns aspectos importantes da sua gestão.
Ele não admite diálogo; quer governar de uma forma impositiva, de acordo com sua vontade. Sem nenhum pudor, ainda deixa claro, dizendo que não, o interesse de intervir na PF e usar o próprio poder em prol da família (e amigos - a meu ver um termo usado para minimizar o desejo de proteger mesmo só a família).
É preciso olhar além do estilo que atrai. Ele não respeita os outros poderes, não respeita os acadêmicos e médicos, chegando ao cúmulo de falar em água de coco na veia, procedimento usado na guerra do Pacífico, esporadicamente, como um último recurso. Não compete a ninguém receitar nada, só aos médicos. Para um presidente é extremamente inadequado, mas ele não se importa nem tem vergonha de dizer que é frescura uma série de cuidados recomendados pela OMS com relação ao coronavírus.
Quanto a nós da grande maioria, incluindo o rebanho, estamos no mesmo lugar na pirâmide. Até agora, ele não nos deu promoção social nenhuma. Seus planos para o povo é armamento. E é claro que nós mulheres não estamos inclusas nisso. Quando ele fala em mulher, ele diz nossas filhas, seguido das palavras estupro, bucho sei lá o que... Ele não tem planos para nós, até se aliou à retrógrada Damaris que só tem projetos que possam nos domesticar cada vez mais.
Estamos literalmente sob o poder de um vírus e um troglodita que só sabe usar o tacape contra tudo e todos. Um estúpido que jurou cumprir a Constituição na posse, mas se acha acima dela. Diz até que é ela (Eu sou a Constituição!), mas não é, não!
Só quero ver agora quem vai desatar esse nó cujas pontas das cordas estão nas mãos dos eleitores fanáticos e equivocados.