UMA MENTE DEGENERADA E REPULSIVA.
Emergiu ontem das profundezas do Inferno a saudação à doença.
Somente uma mente degenerada, repulsiva, escavada no mais profundo fosso de suas entranhas demonizadas aplaude o luto, festeja a dor, enaltece o mal, reverencia a natureza que traz doença incomum que mata, faz sofrer maximamente, intimida, afasta os seres humanos, subtrai os sentimentos que não mais se externam na largueza do abraço, na afetividade do beijo dos avós em seus netos, de pais a filhos, nega a proximidade da criação de Deus alimentada pelo afago, extingue o convívio humano que está no cimo das emoções, dilacerando o amor e praticamente o extinguindo.
No segundo maior monumento da literatura depois da Bíblia, DIVINA COMÉDIA, Dante Alighieri descreve as profundezas do inferno. Somente de lá onde purgam pecados essas mentes inomináveis poderiam surgir tais proclamas. Nenhum penitente com essa carga de monstruosidade estaria em outro lugar, um inferno ainda em vida.
E não valem desculpas para esse pegajoso verbo encroado e balbuciante, sempre manco pelos vícios e falto de conteúdo. O silêncio dos mortos/vivos que escurecem a esperança e saúdam a maldição é um imperativo.