UM NOVO ESTADO DE CONSCIÊNCIA.
Certa feita, Buda, em suas incursões a buscar a verdade, o “Darma”, foi interpelado por um ouvinte, sentindo estar diante de um homem diferente do comum, perguntando-lhe: Você é um deus? Buda silenciou. É um demônio? Continuou em silêncio. É um homem? E o Buda respondeu: Não. Quem é você, então? E o Buda respondeu: Eu estou acordado.
QUEM ESTÁ ACORDADO?
QUASE NINGUÉM...
Um “novo estado de consciência” significa estar acordado. É esse estado de consciência plasmado em nosso interior através do silêncio e da meditação, mesmo que em breves momentos, aliado à lei moral que movimenta a humildade, a compaixão e a comiseração, dimensionadas na caridade, que mostra o espaço que a matéria não alcança e que poucos podem viver.
E principalmente o ponto de partida é não ter medo, a compreensão faz desaparecer o medo do sofrimento, da doença e da morte.
Ficar e “estar desperto” de forma a evitar ao menos os sentimentos negativos. Reeducar a atenção. Instalar em nossa consciência uma nova atenção.
O medo é irmão da covardia e a derrota diante do inevitável.
Ninguém deixa de viver o que lhe está reservado.
Afastar os dejetos impõe-se, os sentimentos menores que o novo estado de consciência afasta por “estarmos despertos”.
Com a atenção reeducada a visita indesejada que motiva o medo será compreendida.
Sidarta Gautama, o Buda, fora das cercanias de seus palácios conheceu a velhice, a doença e a morte, o que ocorria com todos os homens. E venceu. Partiu em busca do esclarecimento.
O sofrimento é inerente a toda forma de existência; a ignorância é a origem do sofrimento; pela extinção da ignorância é possível extinguir o sofrimento; o caminho e apelos do mundo são descartados pelo conhecimento e rigores do ascetismo.
É o famoso caminho do meio. O sistema óctuplo: compreensão correta, pensamento correto, palavra correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção correta, concentração correta.
Assim devem todos se conduzir, podendo, para alcançar serenidade, apagar mentiras sobre si mesmo e tornar leve a alma.