Segundas intenções
Ora, Pensa aí, que eu penso aqui: o homem é um animal racional, identitário e referencial. É um ser gregário por natureza; sociável, e precisa de afeto. Pela análise das ciências sociais, esse fenômeno social reflete no processo de reconhecimento, aceitação e interação. Bem como, na interpretação do mundo à sua volta, e na diversidade cultural. O homem é o único ser capaz de entender a sua dinâmica e do grupo, além de estudar os elementos morais e regulatórios da sociedade. Essa ideia de pertencimento dentro da velha e nova alteridade inflaciona a disputa entre os grupos; um caminho sinuoso para o pódio do poder. Mas, essa novela ontológica social do indivíduo está longe de ter um final feliz. Os atores sociais são mocinhos e vilãos, não há um estereótipo singular e ímpar visível a olho nu. As articulações do homem e seus infinitos significados não são estáticos; o tempo é agente de mudanças, assim como o pensamento. Ele luta para estar no poder, interage com o meio, cria uma identidade relacional, e quando consegue o que quer, destrói as relações e rompe com a racionalidade. Com o crucifixo no peito, e Deus nos lábios, as juras e promessas parecem salmos bíblicos. Não tem como desacreditar! Mas a máscara é de cristal, e a cara de pau; lobo em pele de cordeiro. E, não adianta bancar a chapeuzinho, pois a vovozinha também foi enganada.