A proposta levou-me por amplas vias imaginárias. E daqui pensei na saudade da mãe, maio é crucial para lembranças doídas. A casa do pai nunca mais foi a mesma sem ela. Costurando o pensar, idealizo que esteja num plano sublime, onde a dor física não a maltrata mais. De agora em diante apenas sorriso de paz ilumina o seu rosto. Segui, na intimidade da solidão, pensando na falta que sinto das coisas simples e rotineiras. Quanto tenho aprendido nesses últimos meses. De como quero e não querer ser a exemplo do percebido nas atitudes das pessoas. Tanta gente tem me assustado com cruezas entristecendo por instantes minha alma de borboleta, mas exorcizo fantasmas com o mesmo sorriso de mamãe, e sei, nada de mal se prolonga ante ao amor. A borboleta, mesmo frágil, segue voando. Aprendi o ensinamento.

A vida esculpe cada ser de acordo com escolhas próprias. Assim tem sido comigo. As minhas lágrimas eu mesma seco. E o meu sorriso arranco bem fundo do íntimo onde a esperança, escondida, persiste não morrer. Tornei-me aprendiz de reconstrução. Todo dia, se necessário, me ergo!