JOÃO CHAVES • ETERNA MEMÓRIA

Série: pessoas & fatos

Quem conhece Montes Claros/MG, mesmo de longe, percebe seu lado poético que não perde espaço para as novidades do nosso tempo. Algum motivo especial? A presença de João Chaves, dentre outros artistas de sua época deixa, para nós, o GRANDE CAMINHO FLORIDO. Hoje, tentamos entender esse caminho, de forma amiga e positiva.

Ele, fez muito, sonhou alto e dividiu conosco seu pensamento contemporâneo. Pedaço bonito do céu, o mesmo céu dos poetas, em baixo de nossos olhos. João Chaves, em particular, é convite gentil para vermos a Montes Claros das luzes, das noites longas sem estrelas ou, quem sabe, das festas a moda antiga. Seria uma palhinha do sucesso de outrora? Talvez sim. A escrita lhe deu boas oportunidades. Dentre elas, a de conhecer o universo das borboletas. Imaginou.. Fez as coisas acontecerem, pelo menos no papel, ora trazendo - as para o senso comum.

Não deixava de assistir a realidade donde buscava inspiração para escrever. A simplicidade, de encontro com a ternura e.. O segredo dos erros. Daí a maturidade que, por vezes ensina, por vezes aprende. Se viu cercado de beleza, diante da paisagem e seus retoques. Aceitou, de bom grado, colher os fruros da idade. Um pouco de tudo, metade de quase nada. A palavra nem sempre cabe em qualquer lugar. Requer ação, trabalho e força de vontade. A vida tida como uma caixinha de surpresas, recém - aberta, toda essa cheia dos melhores ou piores desafios. Muitas e muitas rimas, dançando 'doudas' no ar, os ares da ilusão.

O autor soube cantar e encantar o torrão natal, dando - lhe o merecido valor. Retrato vivo de uma passagem dourada. A poesia com gosto de nabo, arrancado na horta, fresco e pronto para a salada servida em tigela de barro. Um punhado de versos, soltos no vento, colorindo as muitas e muitas páginas de nossa MINEIRANÇA.

Tudo para sua maior glória terrena.

Thiago Valeriano Braga