312 - MEU PEQUENO MUNDO...
Para Celina Figueiredo
Daqui da janela avisto parte do mundo. O meu mundo particular – Itabira.
Só que não consigo ver mais, determinadas particularidades, principalmente a antiga paisagem do “Pico do Cauê” que podia ser admirado a distância.
Somente e possível imaginar onde estava famoso Pico que guardava riquezas nas suas entranhas, hoje expostas em crateras. Sei que, em vão, tentam recompor parte do perfil, carreando milhares ou milhões de toneladas de matéria inservível para consumo. Impossível tarefa.
Mesmo se possível, lá não mais estariam as riquezas que o grande Drummond, velho poeta, contou em prosa e verso, uma vez que levadas para outros continentes, ou consumidas em auto forno tupiniquim, foram transformadas em barras e vergalhões para fabulosas construções, máquinas e caminhões para transportar outras riquezas pais a fora, e em poluidores ônibus que no “leva e traz” de fadigados operários para casa ou para a labuta diária de desmontar a paisagem.
Hoje, o que mais se destaca recortando o horizonte como figuras de origami ou recortes de crianças fazendo alguma tarefa escolar, são prédios que até bem pouco não existiam, agora encobrem nossa visão. Sinal do progresso.
A cidade cresceu muito rapidamente trazendo consigo hábitos e novos costumes para uma cidadezinha do interior de Minas, com suas peculiaridades e contradições. Hoje, estamos a pouco mais de uma hora de Belo Horizonte, a capital de todos os mineiros, antigamente viajando de jardineira que serpenteado morro acima ou moro abaixo, gastava-se meio dia de viagem.
Retomo a linha deste momento de abstração poética e tento recompor a imagem do Cauê, realocando-o numa paisagem, agora abstrata.
Sigo, redefinindo no intenso azul e branco das nuvens, como uma pintura feita a dedo, a intangível silhueta agora adormecida, imaginando onde estariam nesta paisagem, fictícia, as estradas, minas e florestas, britadores e as correias mecanizadas que transportavam o minério serra abaixo. Viajo no interior dos meus pensamentos buscando lembrar até onde eu alcançaria.
Só que não consigo ver mais, determinadas particularidades, principalmente a antiga paisagem do “Pico do Cauê” que podia ser admirado a distância.
Somente e possível imaginar onde estava famoso Pico que guardava riquezas nas suas entranhas, hoje expostas em crateras. Sei que, em vão, tentam recompor parte do perfil, carreando milhares ou milhões de toneladas de matéria inservível para consumo. Impossível tarefa.
Mesmo se possível, lá não mais estariam as riquezas que o grande Drummond, velho poeta, contou em prosa e verso, uma vez que levadas para outros continentes, ou consumidas em auto forno tupiniquim, foram transformadas em barras e vergalhões para fabulosas construções, máquinas e caminhões para transportar outras riquezas pais a fora, e em poluidores ônibus que no “leva e traz” de fadigados operários para casa ou para a labuta diária de desmontar a paisagem.
Hoje, o que mais se destaca recortando o horizonte como figuras de origami ou recortes de crianças fazendo alguma tarefa escolar, são prédios que até bem pouco não existiam, agora encobrem nossa visão. Sinal do progresso.
A cidade cresceu muito rapidamente trazendo consigo hábitos e novos costumes para uma cidadezinha do interior de Minas, com suas peculiaridades e contradições. Hoje, estamos a pouco mais de uma hora de Belo Horizonte, a capital de todos os mineiros, antigamente viajando de jardineira que serpenteado morro acima ou moro abaixo, gastava-se meio dia de viagem.
Retomo a linha deste momento de abstração poética e tento recompor a imagem do Cauê, realocando-o numa paisagem, agora abstrata.
Sigo, redefinindo no intenso azul e branco das nuvens, como uma pintura feita a dedo, a intangível silhueta agora adormecida, imaginando onde estariam nesta paisagem, fictícia, as estradas, minas e florestas, britadores e as correias mecanizadas que transportavam o minério serra abaixo. Viajo no interior dos meus pensamentos buscando lembrar até onde eu alcançaria.