NÃO PERDER TUDO.
Vivemos situação singular e sem paralelo, mesmo se balizarmos analogias. Nenhuma epidemia se tornou pandemia globalizada com esse vulto. E com ou sem definições causais espirituais ou materiais que alguns querem dar, é um momento para pararmos e dizermos: INACREDITÁVEL!
Quem já viu e quando na história da humanidade qualquer normativo, revolução, movimento cidadão, cívico, ideológico, bélico, códigos e sociedades poderosas terem ESSA FORÇA DE MUDANÇA E HÁBITOS SOCIAIS. E de forma global; se isolem socialmente, obedeçam.
E PERGUNTAMOS:
Quanto já perdemos na vida no redemoinho das aspirações,vontades e desejos? Quanto já renunciamos?
Quantos se colocam no centro de universalidades por muitos passadas em sofrimento e o fizeram de uma forma pessoal como se o sofrimento fosse só por si sentido? Quantos se envolvem na fogueira da ausência de amor como se fosse um unicismo religioso quando se está diante do que é universal e de realidades comuns? Quantos de forma isocrônica castigam o espírito e o corpo distanciando-se de suas próprias verdades que surgem de locais antes desconhecidos, dormitando nas casas não habitadas pela razão mais pura que ilumina a aceitação do corriqueiro e comum e afastam as sombras?
É o “Tolle, lege!” agostiniano que falta visitar, para se centrar melhor no mundo, recebê-lo como ele é para cada um, por vezes com amplas concessões de inclinação para o amor que se nega por não aceitar as asperezas reservadas pela existência de todos.
O MOMENTO É ESSE, AGORA!
“Tolle Lege” é frase latina que significa “Pegue, leia!” do livro de Agostinho, Confissões.
Diante de sua conturbada luta “intra muros”, entre inclinações espirituais e sua maneira pecadora de ser ficou certo ter ouvido uma criança cantar, Tolle, lege, o que significa, "Tome e leia."
Para ele foi o chamamento divino. Pegou a Bíblia ao seu alcance abriu e leu a primeira passagem sobre a para si visível: "Já é hora de despertardes do sono. Nada de orgias, nada de bebedeira, NADA DE DESONESTIDADES, nem dissoluções; nada de contendas, nada de ciúmes. “Tolle Lege” se impõe, sem o que a passagem terrena em corpo e em espírito fica devedora dessa interiorização.
Mas sempre é tempo como adverte o Santo:
A dor, física ou espiritual, é a prova viva de que o homem perdeu algo, mas não perdeu tudo. Santo Agostinho
Não se pode ter desalento se não perdemos tudo, nem perder o entusiasmo pela vida se está vivo, mas cabe uma revisão da alma para que o espirito seja invadido de leveza.